Governo reforça aposta em híbridos flex em vez dos carros elétricos

Fala do ministro de Minas e Energia vai ao encontro da proposta da Toyota de lançar um carro híbrido flex no Brasil entre o final de 2019 e começo de 2020

Toyota apresenta no Brasil primeiro veículo híbrido flex do mundo (Foto: Divulgação)

Toyota apresenta no Brasil primeiro veículo híbrido flex do mundo (Foto: Divulgação)

O Brasil deve se focar em desenvolver carros híbridos que também podem rodar com etanol ou bicombustível, em vez de apostar todas as fichas nos carros elétricos. Essa é a opinião do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e vai ao encontro dos planos anunciados pela Toyota para o país. Em dezembro, a montadora confirmou que pretende produzir ainda este ano o primeiro modelo com esta nova tecnologia, possivelmente a nova geração do Corolla.

“Nós temos aqui [no Brasil] uma capacidade de inovação muito grande; temos uma infraestrutura fabulosa de 42 mil postos [de combustíveis]. Então, temos que conciliar a nossa realidade com a inovação e com esta diversidade de matriz energética que temos no país, que inclui biocombustível, gás, óleo. E por aí vai”, afirmou durante o seminário “O futuro da matriz veiculas no Brasil”, organizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). As informações são da Agência Brasil.

Além do potencial brasileiro, pesam também as dificuldades em pesquisa e desenvolvimento para que carros elétricos sejam produzidos e vendidos em larga escala. O ministro também ponderou o gasto que seria necessário para criar uma nova infraestrutura de distribuição de energia.

Segundo Albuquerque, o modelo híbrido flex da Toyota será o “meio automotivo mais limpo do mundo”, já que, segundo a Associação de Engenharia Automotiva (AEA), ele emitirá um terço da quantidade de CO2 dos veículos elétricos comuns. Entram nesse cálculo todas as emissões do ciclo de vida do carro.

O anúncio da Toyota veio depois de menos de um ano de testes da nova tecnologia. Ela foi aplicada ao Prius vendido atualmente, mas não necessariamente será produzida em larga escala nesse modelo. Segundo a montadora japonesa, a fabricação local começa até o final de 2019. Atualmente, ela é a única empresa com testes avançados para lançar esse tipo de tecnologia por aqui.

“Este é um trabalho que envolveu diversos agentes, como governo, entidades, fornecedores, concessionários e, claro, nossos colaboradores, que trabalham incessantemente sob a filosofia da melhoria contínua. Além disso, destaca o Brasil no cenário mundial das alternativas para a eletro mobilidade, como produtor de um dos automóveis mais limpos do mundo, em consonância com o Programa Rota 2030”, disse Rafael Chang, presidente da Toyota do Brasil, durante a oficialização dos planos.

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