Os famosos canais de Veneza, no Norte da Itália, estão secando, afetando consideravelmente o turismo na cidade. As causas, segundo especialistas, são a falta de chuva e a estiagem, que supostamente estariam interferindo no nível de água.
Segundo informações do site italiano ‘3B Meteo’, especializado em meteorologia, o fenômeno é muito raro, mas quando acontece a maré fica extremamente baixa, em seus níveis mínimos. As posições do Sol e da Lua também estariam interferindo nas condições climáticas da região.
Falta de chuvas e de ventos provoca seca em Veneza, no Norte da Itália, e seca os famosos canais por onde passam as tradicionais gôndolas – Foto: Manuel Silvestri/Reuters
Meteorologistas ouvidos pela equipe de reportagem do Campo Grande Notícias disseram que a “Superlua’, vista em todo o mundo no dia 31 de janeiro deste ano, fez com que os níveis dos mares sofressem alterações consideráveis em todo o planeta.
Já para o Jornal ‘La Nuova di Venezia’, a pressão atmosférica, aliada a falta de ventos e de chuva foram um dos principais fatores para a seca dos canais.
Em algumas regiões de Veneza já não é mais possível trafegar em gôndolas, principalmente em canais secundários, que estão completamente secos. A mobilidade na cidade vem enfrentando sérias dificuldades, principalmente no sistema de transporte público.
O Grande Canal ainda permanece navegável, mas algumas linhas do ‘vaporetto’ sofreram alterações em suas rotas. As autoridades locais temem que ele fique seco também.
Muitos moradores de Veneza estão reclamando do forte ‘cheiro de lama’ e da sujeira existente nos fundos dos canais que estão secos. Essa é uma questão importante por se tratar de saúde pública.
Alguns moradores estão praticamente ‘presos’ dentro das casas, já que os canais são as principais vias de acesso. Outro fator que preocupa as autoridades é a segurança, já que não há como chegar em algumas áreas.
Curiosamente, no início de janeiro deste ano Veneza estava com alto de nível de água (105 centímetros). Porém, no fim do mês esse índice caiu consideravelmente, atingindo -60 centímetros em relação ao ‘ponto zero’.
Em dezembro de 2016, a capital do Vêneto passou por uma situação parecida, quando o nível de água atingiu os -66 centímetros. O menor índice já registrado em Veneza, no entanto, ocorreu em 2008, quando atingiu -121 centímetros.
Com informações das Agências France Presse e Reuters
