Atentado a bomba mata pelo menos 5 pessoas em Cabul, no Afeganistão

Policiais afegãos isolam área em Cabul, no Afeganistão, alvo de um ataque nesta quarta-feira (12/04). A segurança na região foi reforçada – Foto: Omar Sobhani/Reuters

Um ataque a bomba ocorrido na tarde desta quarta-feira (12/04) em Cabul, capital do Afeganistão, causou a morte de pelo menos cinco pessoas e deixou outras três feridas. O atentado foi reivindicado pelo Estado Islâmico (EI).

De acordo com informações das principais agências internacionais de notícias, o ataque foi cometido por um jihadista do EI, que trazia amarrado ao próprio corpo explosivos, que foram detonados assim que se aproximou do prédio do Ministério da Defesa

Logo após a explosão, equipes de emergência, bombeiros, policiais e membros da Força Nacional de Segurança foram acionados e imediatamente enviados para o local. A região foi isolada e cercada, tendo os policiais realizado uma varredura na área para verificar se havia mais suspeitos escondidos.

Testemunhas disseram que o atentado aconteceu no fim da tarde, na hora em que os funcionários deixavam o prédio. A maioria das vítimas é de civis, mas há relatos de que um policial teria ficado ferido no ataque.

O porta-voz do Ministério do Interior do Afeganistão, Najib Danish, disse em entrevista coletiva de que o número de mortos e feridos deve aumentar nas próximas horas, porque ainda existem pessoas desaparecidas, provavelmente soterrada sob os escombros.

A maioria dos mortos e feridos eram civis, mas não sabemos qual era o alvo exato do ataque”, disse Najib Danish.

O Estado Islâmico divulgou um comunicado oficial através de sua agência de propaganda, a Amaq, reivindicando para si o ataque, e afirmando que o alvo do atentado era uma blitz de polícia que estava sendo realizada nas proximidades do Palácio Presidencial.

Jihadistas do Estado Islâmico tem se infiltrado nos últimos anos no Afeganistão e Paquistão, com o objetivo de recrutar mais seguidores. A organização terrorista opera principalmente na Síria e no Iraque, mas também atua no Afeganistão, Paquistão e Uzbequistão.

Em decorrência dos intensos bombardeios aéreos feitos pelos Estados Unidos (EUA) na Síria e no Iraque, o Estado Islâmico tem perdido terreno nestes dois países, fazendo com que muitos jihadistas fujam para o Afeganistão e Paquistão.

Dados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), divulgados hoje, mostram que atualmente o EI possui entre 600 e 700 combatentes na Síria e no Iraque, contra 3 mil no começo de 2016. Cerca de 12 de seus principais líderes foram mortos nos ataques realizados pela OTAN e pelos EUA.

Com informações da Agência France Presse

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