Tecnologia de cultivo protegido é destaque na produção de tomate em Ponta Porã

Foto: Divulgação

Mato Grosso do Sul importa 80% das hortaliças e vegetais consumidos pela população. Para reverter este cenário, um projeto foi idealizado pelo Sindicato Rural de Ponta Porã, em parceria com o Senar/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, por meio do programa Hortifruti Legal, comprovando que é viável investir em diferentes culturas a fim de atender a demanda regional.

Em um espaço total de 972 metros quadrados, divididos em duas estufas de 30 por 8 metros localizadas nas dependências da entidade são cultivados em sistema de semi hidropônia – no qual a planta se desenvolve em um composto de substratos e sem contato com a terra – 480 pés de tomates da variedade grape, muito apreciados pelo sabor adocicado e versatilidade de opções para consumo.  Segundo informações da Ceagesp – Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo, na primeira quinzena de fevereiro, esta variedade foi cotada entre R$ 3,94 e R$ 4,77, o quilo.

De acordo com o presidente do sindicato, André Cardinal, o projeto foi idealizado e planejado por uma equipe composta por colaboradores do sindicato, acadêmicos dos cursos de Agronomia e Agronegócio do IFMS – Instituto Federal de MS e técnicos de campo da ATeG – Assistência Técnica e Gerencial do Senar/MS para ser uma vitrine do programa Hortifruti, apresentada oficialmente durante a 43ª Exporã, que acontece entre os dias 4 e 12 de março.

“Acredito que o programa é essencial para o desenvolvimento da produção de hortifrutigranjeiros no município, sobretudo para os pequenos produtores, já que a tecnologia e o aprendizado em cada área podem ser aplicados na prática. Tanto é verídico que o desenvolvimento de nossa estufa atrai produtores interessados em participar do programa”, relata.

Avaliação Técnica – O agrônomo, Joaquim Carvalho, atua na assistência técnica e explica as vantagens do sistema produtivo: “A tecnologia utilizada na produção desta espécie de tomate tem a vantagem de controlar os impactos dos fatores climáticos naturais como altas e baixas temperaturas, chuva e controle de pragas. Outro ponto importante que deve ser considerado pelo produtor que escolhe investir na cultura é seu alto valor agregado”, observa.

Carvalho é responsável ainda pelo atendimento do Hortifruti Legal disponibilizado a 30 produtores do assentamento Nova Itamarati que diversificam a produção de fruticultura e olericultura. “Percebemos o desejo do produtor de ampliar as possibilidades de cultivo, no entanto, alguns ainda esbarram no entrave da falta de conhecimento técnico e financeiro. Aí que entra a figura do técnico de campo em compartilhar os conhecimentos e auxiliar o desenvolvimento do grupo assistido na ATeG”, conclui.

O coordenador do programa, Francisco Paredes, reforça que nas reuniões promovidas com as lideranças sindicais sempre é sugerido o modelo de unidade demonstrativa como adotado em Ponta Porã. “A Vitrine Hortifruti é um projeto que poderá ser modelo para outros sindicatos rurais do Estado, por aliar duas condições fundamentais ao setor: um espaço para aprendizado e esclarecimento de dúvidas, além de gerar uma produção que pode ser comercializada e revertida para benefício dos sindicatos”.

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