Dezenas de extremistas do Estado Islâmico atacaram nesta sexta-feira (21/10) a cidade de Kirkuk, no Norte do Iraque, causando a morte de pelo menos 22 pessoas – Foto: Ako Rasheed/Reuters
Jihadistas do Estado Islâmico (EI) atacaram na manhã desta sexta-feira (21/10) a cidade de Kirkuk, no Norte do Iraque, causando a morte de pelo menos 22 pessoas e deixando outras 65 feridas. A cidade fica a 150 km de distância de Mossul, que sofre intenso bombardeio por parte de militares iraquianos.
De acordo com informações das principais agências internacionais de notícias, além dos ataques cometidos pelos jihadistas, há relatos, ainda não oficialmente confirmados, de os jihadistas também teriam cometidos atentados suicidas contra civis, principalmente mulheres e crianças.
Um porta-voz do Governo Iraquiano, que preferiu não se identificar, disse que os jihadistas do Estado Islâmico se encontram ‘encurralados’ em Mossul, e que a expulsão deles dessa cidade é uma questão de tempo.
As autoridades iraquianas em Kirkuk decidiram decretar toque de recolher, em virtude dos recentes ataques ocorridos hoje. Qualquer pessoa que estiver caminhando nas ruas após um determinado horário, poderá ser presa, ou até mesmo, executada.
O Exército Iraquiano está realizando um ataque em Mossul, ao lado de combatentes cursos, para tentar expulsar o Estado Islâmico da cidade. Testemunhas disseram que os combates são intensos, e que mesmo as moradias de civis estão sendo atacadas por ambos os lados.
Ao contrário dos ataques tradicionais, o que está acontecendo em Mossul e Kirkuk, os confrontos estão sendo na realidade ações de uma guerrilha urbana, onde não são respeitados os direitos civis.
Um jornalista da AFP que se encontra na cidade de Kirkuk, disse ter avistado nove homens, “vestidos ao estilo afegão”, armados com fuzis e granadas, em uma rua do Bairro de Adan. Acredita-se que sejam integrantes do Talibã.
Moradores de Kirkuk disseram ter ouvidos explosões e tiros durante toda a manhã de hoje. No período da tarde, no entanto, houve momentos de calmaria, mas os confrontos voltaram a ocorrer no fim da tarde.
Um professor que residente no Bairro de Tesaeen, identificado como sendo Haidar Abdel Hussein, disse ao correspondente da AFP que viu quando jihadistas do EI entrou em uma mesquita, e que logo após ouviu tiros dentro do templo religioso.
“Durante a oração da manhã, vi jihadistas entrando na mesquita de Al-Mohamadi. Utilizaram os alto-falantes para gritar ‘Alá Akbar’ (Deus é grande) e ‘Dawla al Islam baqiya’ (O EI vencerá)“, disse Haidar Abdel Hussein a AFP.
O governador da Província de Kirkuk, Najmedin Karim, suspeita que células adormecidas do estado Islâmico foram reativadas na cidade. Ele afirmou ainda que pode haver novos confrontos.
“Os terroristas não pareciam contar com veículos ou equipamentos pesados.Trabalharemos sem cessar para eliminar as células terroristas antes do final do dia de hoje”, afirmou o coronel Arkan Hamed, da polícia provincial.
Com informações das Agências Reuters e AFP
