Guarda Costeira Italiana recupera 217 corpos de imigrantes em barco que afundou no Mar Mediterrâneo

Marinha Italiana resgatou no mês passado embarcação contendo corpo de imigrantes que naufragou em 2015 no Mar Mediterrâneo – Foto: Antônio Parrinello/Reuters

Marinha Italiana resgatou no mês passado embarcação contendo corpo de imigrantes que naufragou em 2015 no Mar Mediterrâneo – Foto: Antônio Parrinello/Reuters

A Guarda Costeira e a Marinha da Itália conseguiram recuperar no Mar Mediterrâneo, em junho deste ano, os corpos de aproximadamente 217 imigrantes que morreram durante um naufrágio ocorrido em abril de 2015. O barco em que estavam naufragou antes de chegar ao litoral italiano.

De acordo com informações das principais agências internacionais de notícias, e embarcação estava transportando cerca de 700 imigrantes de diversas nacionalidades, e naufragou em decorrência do excesso de pessoas a bordo.

As autoridades italianas disseram que o naufrágio ocorreu nas proximidades da Sicília, tendo embarcação sido localizada a 370 metros de profundidade. Foi feita uma megaoperação de resgate com o objetivo de dar as vítimas um sepultamento digno.

Participaram do resgate bombeiros, militares e mergulhadores italianos. Alguns disseram que ao se aproximarem do barco encontraram dezenas de cadáveres em decomposição, os quais foram resgatados e levados a um local ignorado. A maioria dos corpos são de mulheres e crianças.

Ao todo, foram recuperados 217 corpos do barco que naufragou em 2015 no Mar Mediterrâneo – Foto: Antônio Parrinello/Reuters

Ao todo, foram recuperados 217 corpos do barco que naufragou em 2015 no Mar Mediterrâneo – Foto: Antônio Parrinello/Reuters

A informação do resgate somente foi divulgada nesta quinta-feira (07/07) porque as autoridades precisavam de tempo para realizar em segurança a operação de resgate, e para não atrair a atenção de curiosas e da imprensa, que poderiam atrapalhar.

As autoridades agora tentarão identificar o maior número possível de vítimas através de exames genéticos (DNA). Imigrantes que estão na Itália poderão ajudar fornecendo material genético.

O porta-voz dos bombeiros, Luca Cari, disse em entrevista coletiva concedida à imprensa, que os trabalhos de resgate prosseguem no Mar Mediterrâneo:

Estamos trabalhando sem parar, até recuperar o último corpo“, afirmou Luca Cari.

Duas entradas foram feitas nas paredes laterais do barco, com o objetivo de facilitar o acesso ao porão, onde viajavam a maioria dos imigrantes, quase todos africanos.

Bombeiros e mergulhadores estão se revezando sem parar, em turnos de 30 minutos, com o objetivo de retirar o maior número de corpos possíveis. Eles utilizam trajes especiais e cilindros de oxigênio.

Mergulhadores, bombeiros e militares italianos participaram do resgate – Foto: Antônio Parrinello/Reuters

Mergulhadores, bombeiros e militares italianos participaram do resgate – Foto: Antônio Parrinello/Reuters

Trata-se de uma intervenção especial tanto do ponto de vista técnico como do emocional. O ser humano não está preparado para esse horror“, concluiu Luca Cari.

Uma equipe de legistas também está na região, com o objetivo de tentar identificar as vítimas. Algumas delas estão com documentos, o que facilita a identificação.

A operação de resgate está sendo financiada pela própria Itália, mas também conta com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU).

O barco com imigrantes africanos partiu da Líbia no dia 18 de abril de 2015, e afundou após colidir com um cargueiro português, cujos marinheiros tentaram salvar as vítimas, tendo 28 pessoas sido resgatadas com vida.

No dia do acidente, a Marinha Italiana conseguiu recuperar 169 corpos que estavam boiando nas águas do Mar Mediterrâneo.

Com informações das Agências Reuters e France Presse

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