Diapasão musical em forma de flor

DJ Florzinha di Moura – Foto: Divulgação

O precursor da música eletrônica no Brasil foi Jorge Antunes, que por força do regime militar só conseguiu lançar seu disco em 1974 pela gravadora Mangione Discos, que depois de 15 tentativas aceitou a ideia. E assim saiu o primeiro disco brasileiro de música eletrônica. Pioneiro na área ele estudou composição e regência na Escola Nacional de Música da Universidade do Brasil (atual UFRJ) e também cursou Física. De 1974 para cá muita coisa mudou, mas sempre   um bom trabalho merece ser enaltecido, e no que se refere a música eletrônica no Brasil o cenário nacional não deixa a desejar. O Brasil conta com DJs de extrema competência, grandes nomes como Marky e Patife com as mixagens em drum and bass, Renato Cohen com tech-house, Jason Bralli com progressive trance são excelentes exemplos. Grandes eventos estão acontecendo por todo o país. Hoje o Brasil é passagem obrigatória dos grandes DJs internacionais. Não é à toa que já tocaram por aqui importantes nomes como o “mago das três pick-ups” Carl Cox, o precursor do estilo eletro DJ Afrika Bambaataa, (Kevin Donovan – Hip Hop); além do “rei do trance” Tiesto.

Um povo que não tem cultura acaba se perdendo no meio da multidão. São exatamente nossas raízes culturais, familiares, sociais, que nos distinguem dos demais e nos dão uma identidade de pessoa.  “La cultura no es algo dado, uma herencia biológica, sino uma construcción social e históricamente situada, em consecuencia es um producto histórico concreto, uma construcción que se inserta em la história y especificamente em la história de las inter-acciones que los diversos grupos sociales establecen entre si.

Carnaval – Foto: Divulgação

Isso vem mostrar que o único e tenaz caminho é assumir, disseminar e manter cada vez mais nossa música, para que só assim o ambiente que nos cerca nos relacionem com respeito e admiração.  E nesse diapasão musical, a DJ Andrea de Moura construiu sua estrada. Com formação em ciências contábeis e pedagogia, além de apresentar um programa de rádio e atuar regularmente como DJ na cidade Branca tem motivado outras mulheres a desenvolverem o seu eu interior e buscar um novo ar e um novo ânimo, nesse mundo de dificuldades que vivemos. E é justamente esse pulsar de vida que fazem dela uma das mais requisitadas da cidade. E como aqui no www.campograndenoticias.com.br uma das vertentes é motivar o que é da terra, esta é a história da DJ mais famosa da região e que tem honrado o ideal de Jorge Antunes, levando a cada dia mais longe a alegria da música e da dança seja em projetos sociais, seja em eventos particulares ou de festividades da cidade, ela está sempre a frente de seu tempo, com feminilidade e carisma. É mais uma personagem que permeia o nome e o ritmo festivo de Corumbá para todo o Mato Grosso do Sul.

  • Crítico Musical e Conselheiro de Cultura

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