Taxa de suicídio aumenta 6% entre jovens brasileiros

No Setembro Amarelo, ICDS reforça práticas hospitalares para garantir segurança e proteção à vida

Um estudo feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) indica um aumento de 6% ao ano na taxa de suicídio entre jovens no Brasil, de 2011 a 2022. No mesmo período, a pesquisa também revela que idosos permanecem sendo um dos grupos mais afetados pelo suicídio.

Foto: Divulgação

A pesquisa indica, ainda, que as taxas aumentaram em todas as regiões do Brasil. Os dados coletados também apontam para os casos atendidos em unidades hospitalares, incluindo a responsabilidade de atendimento na área da saúde.

Para garantir a segurança e proteção à vida, todos os hospitais gerenciados pelo ICDS (Instituto de Cooperação para o Desenvolvimento da Saúde) seguem um protocolo bem estruturado de atendimento e cuidado aos pacientes com casos associados a tentativa de suicídio.

No ambiente hospitalar, é preciso ter um olhar humanizado e ser responsável quanto à gestão de risco para esses casos. Seguir o protocolo corretamente evita falhas, padroniza as condutas e conecta toda a equipe, que está centrada no cuidado do paciente para tratamento, escuta qualificada e encaminhamento a psicólogos e psiquiatras, caso necessário”, explica Guilherme Thomé, médico e Superintendente Médico do Hospital Unihealth Governador Valadares, unidade gerida pelo ICDS.

O profissional, indica que a gestão de riscos é fundamental para garantir a assistência correta e assertiva aos pacientes. Com ela, é possível:

  • Aplicar escalas de risco na admissão e sempre que houver alguma mudança clínica;
  • Garantir supervisão adequada para pacientes vulneráveis;
  • Remover objetos que podem apresentar riscos aos pacientes vulneráveis;
  • Estabelecer comunicação objetiva e imediata entre as equipes;
  • Investimento na capacitação contínua das equipes.

Reconheça os sinais

Guilherme Thomé, informa que reconhecer os sinais é o primeiro passo para prevenir tentativas e a conclusão de um suicídio. “Esses casos raramente acontecem sem sinais. Muitas vezes, eles estão presentes no comportamento, na fala ou até na mudança de comportamentos. Saber identificá-los é o primeiro passo para salvar uma vida”, alerta o profissional.

Segundo o Ministério da Saúde, os principais sinais de atenção são:

  • Isolamento;
  • Mudanças bruscas de comportamento;
  • Queda de desempenho estudantil e/ou profissional;
  • Preocupação com a própria morte ou falta de esperança;
  • Expressão de ideias ou intenções suicidas.

Qualquer pessoa pode buscar ajuda em CAPS, Unidades Básicas de Saúde, UPA 24h, Pronto Socorro, Hospitais, SAMU 192 e no Centro de Valorização da Vida (CVV) por meio de ligação ao número 188 ou site: http://www.cvv.org.br/

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