Por que ir às ruas no 7 de Setembro?

O 7 de Setembro é mais do que uma data no calendário. É um chamado para lembrarmos quem somos, o que defendemos e por que não podemos nos calar diante das injustiças. Este ano, a Independência não será apenas lembrada, será vivida nas ruas: em defesa da liberdade, da justiça e da democracia.

Foto: Divulgação

A necessidade de ir às ruas neste 7 de Setembro é justamente para mostrar a indignação do povo contra as arbitrariedades praticadas pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes. E isso não é uma defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro ou de militantes da direita. É, sim, uma defesa da democracia.

Pois, se houve um golpe perpetrado no Brasil, esse golpe é o que está sendo aplicado pelo STF quando julga completamente fora do rito legal, quando rasga a Constituição para perseguir opositores.

Independentemente de você gostar ou não de representantes da direita, do ex-presidente Bolsonaro ou de algum dos mais de mil reféns políticos do 8 de janeiro, o que deve prevalecer é a luta pela justiça. Um ditador nunca para na primeira vítima. Quem hoje o aplaude, amanhã pode ser a próxima vítima.

Mesmo que você acredite que alguns dos presos do 8 de janeiro tenham cometido crimes, nada justifica os inquéritos ilegais. O que se exige é a anulação de todos os atos de Alexandre de Moraes, para que, se houver culpados, sejam julgados conforme a lei — e não conforme os caprichos do ministro.

A moral, a ética, a empatia e o senso de justiça são, ou ao menos deveriam ser, independentes de cores partidárias.

Não se deixe guiar por narrativas. Se você ainda não conhece em detalhes o que está acontecendo, pesquise. Informe-se. Estude cada uma das atrocidades e arbitrariedades cometidas pelo ministro Alexandre de Moraes.

No site Dossiê Moraes estão registradas mais de 90 violações — fatos documentados, não opiniões. Conhecer a verdade é o primeiro passo para não ser manipulado.

E os fatos mais recentes só confirmam essa realidade. O ex-assessor de Moraes, Eduardo Tagliaferro, prestou depoimento em audiência no Senado Federal nos últimos dias, apresentando inúmeras provas e denúncias das ações ilegais praticadas pelo ministro.

No dia 7 de Setembro, não se trata de defender nomes, partidos ou lados. Trata-se de defender a nossa liberdade. Trata-se de dizer que nenhum poder está acima da Constituição. Trata-se de reafirmar que o Brasil pertence ao seu povo.

Por isso, vamos às ruas, porque se calar diante da injustiça é permitir que ela se torne regra — e faz de quem se cala cúmplice das arbitrariedades.

 

*Ely Silveira é advogado e jornalista

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