
Crédito: Iurii Motov/iStock
Um estudo da Topaz, empresa de tecnologia especializada em soluções financeiras digitais, analisou, entre janeiro e outubro de 2025, o interesse dos usuários sobre o Open Finance, a partir de dados extraídos do Google Brasil. O objetivo foi identificar quais instituições financeiras despertam mais atenção quando o assunto é compartilhamento de dados.
O levantamento ajuda empresas B2B a entender quais bancos avançam em infraestrutura aberta, quais mostram maior maturidade tecnológica e onde estão as oportunidades de integração via API.
Ranking de buscas relacionadas a Open Finance
A seguir, veja os dados coletados pela Topaz referentes ao período de janeiro a outubro de 2025.

Os números indicam maior procura por instituições que já operam com APIs consistentes ou investem em produtos integrados ao sistema financeiro aberto. Para empresas, isso sinaliza quais players tendem a oferecer ecossistemas mais estáveis para integração.
O que é o Open Finance e por que importa para empresas
O sistema amplia o Open Banking ao permitir que usuários compartilhem dados de diferentes produtos financeiros, como crédito, investimentos e seguros. A definição aparece em conteúdos institucionais publicados por bancos como Nubank e Santander em 2024 e 2025, que explicam o funcionamento da arquitetura aberta.
Segundo análise do BV, publicada em 2024, o modelo melhora a precisão na avaliação de risco, amplia as possibilidades de personalização e reduz custos operacionais ao facilitar o fluxo de informações entre plataformas. Para empresas B2B, isso se traduz em vantagens como:
- Análise de crédito baseada em dados mais completos;
- Decisões automatizadas com maior assertividade;
- Redução de fraudes;
- Integração direta com bancos, via API, para produtos financeiros digitais.
O que o ranking revela para o mercado B2B
O predomínio de instituições como Caixa, Inter, C6 e Santander mostra que empresas buscam robustez técnica e histórico de operação digital. A presença de Mercado Pago e Nubank evidencia o interesse por fintechs com forte base de clientes e APIs mais amigáveis, o que acelera a implementação de produtos.
Para negócios que desenvolvem soluções financeiras ou dependem de dados bancários para operar, acompanhar os movimentos de busca é um indicador prático de onde investir em integração e de quais bancos oferecem maior aderência a projetos corporativos.
Empresas que atuam em meios de pagamento, crédito, seguros e gestão financeira têm usado o aumento das buscas como termômetro para medir a maturidade tecnológica dos bancos.
O interesse crescente por instituições como Caixa, Inter e Santander indica que o mercado corporativo observa não apenas o volume de usuários, mas a qualidade das integrações disponíveis, o tempo de resposta das APIs e o suporte oferecido durante implementações mais complexas.
Esses fatores se tornaram decisivos para negócios que dependem de dados confiáveis para operar em escala.
Investimentos adicionais
A pesquisa também sugere que a disputa pela atenção do mercado deve se intensificar nos próximos anos, já que mais empresas ampliam investimentos em serviços digitais baseados em dados.
O avanço do Open Finance cria um ambiente de maior competitividade entre bancos, que agora precisam oferecer não só produtos, mas plataformas capazes de sustentar integrações rápidas e seguras.
Para empresas que desenvolvem soluções financeiras, essa movimentação reforça a importância de mapear quais instituições evoluem mais rápido e quais apresentam limitações que podem impactar na velocidade de lançamento e na operação de novos serviços, o que ajuda a esclarecer na prática se o Open Finance vale a pena para cada modelo de negócio.










