Campo Grande (MS) – Nos últimos dias, um doce simples e afetivo virou fenômeno nas redes sociais: o morango coberto com chocolate, apelidado de “morango do amor”, ultrapassou a maçã do amor em popularidade e se tornou o item de desejo em feiras, confeitarias e nas ruas das cidades brasileiras. Por trás desse sucesso repentino, há um movimento que chama a atenção de quem acompanha de perto o comportamento dos pequenos negócios: a rápida reação de empreendedoras que viram na tendência uma oportunidade concreta de faturamento.

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Para a contadora, professora universitária e especialista em empreendedorismo feminino, Cibellen Melo, esse caso mostra o quanto a sensibilidade de mercado e a capacidade de adaptação são características fundamentais do empreendedor brasileiro — em especial das mulheres que atuam no setor de confeitaria e produção artesanal.
“Mais do que vender um doce, essas empreendedoras entenderam o momento e criaram uma experiência de consumo. Muitas inovaram no visual, testaram novos sabores e começaram a divulgar o produto pelas redes sociais, transformando o desejo coletivo em lucro imediato”, destaca Cibellen.
Em diferentes cidades, é possível observar histórias de mulheres que, com baixo investimento inicial, aumentaram o volume de vendas, conquistaram novos clientes e, sobretudo, deram visibilidade aos seus negócios. A especialista lembra que esse tipo de comportamento empreendedor é essencial para o crescimento sustentável.
Confira três orientações da especialista para transformar o “boom” em estratégia de longo prazo:
– Fidelize os novos clientes
O aumento de visibilidade precisa ser acompanhado de um bom atendimento, entrega de qualidade e apresentação de outros produtos. “Aproveite o momento para criar vínculo e estimular a recompra”, orienta Cibellen.
– Invista na experiência, não só no produto
“O apelo visual e emocional do morango do amor é enorme. Ele remete à infância, às festas e à curiosidade. Quem empreende pode explorar isso com embalagens criativas, fotos bem produzidas e comunicação afetuosa”, explica.
– Agilidade é fundamental
Em casos de tendência viral, o timing faz toda a diferença. “Quem espera demais, perde o movimento. Quem age rápido, lucra e ainda se posiciona no mercado com mais força”, pontua a especialista.
Para além do sucesso momentâneo, muitas dessas empreendedoras já estão expandindo suas opções e testando novas receitas, com o objetivo de manter a clientela e ampliar a oferta de produtos mesmo após o fim da febre do morango.
“A tendência pode passar, mas o empreendedorismo se fortalece quando há visão, coragem e estratégia. E isso é algo que vemos todos os dias nas pequenas empreendedoras brasileiras”, finaliza Cibellen.