A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, recebeu novos ataques pessoais durante audiência da Comissão de Agricultura da Câmara nesta quarta-feira (2). O deputado Evair Vieira Melo (PP-ES) afirmou que a ministra tem problemas com o agronegócio porque “nunca trabalhou”.

Marina Silva | Reprodução
“A senhora tem dificuldades com o agronegócio porque a senhora nunca trabalhou, a senhora nunca produziu, não sabe o que é prosperidade construída pelo trabalho. Todo mundo sabe, o mundo sabe que a senhora tem um discurso alinhado com essas ONGs internacionais”, afirmou o deputado.
Melo também afirmou que a ministra tem um “comportamento adestrado”. Um termo que ele já havia usado para falar sobre a ministra em outubro de 2024.
“Usei a expressão adestramento numa sessão passada, e não foi uma ofensa pessoal, porque repetições que busca resultado é adestramento […] Um atleta de alto rendimento que faz repetições ele é adestrado. O comportamento da ministra vai nessa direção”, afirmou Melo.
Em resposta, a ministra afirmou que está em paz e disse preferir sofrer injustiças do que praticá-las.
“É preferível sofrer uma injustiça do que praticar uma injustiça. […] Porque quando você pratica uma injustiça, pode ter certeza que um dia a reparação virá. Quando você é injustiçado, a justiça virá. E isso é o que me conforta”, afirmou Marina.
Outros deputados da oposição também realizaram provocações à ministra. O deputado Zé Trovão (PL-SC) afirmou que Marina era uma “vergonha como ministra”.
Ofensas no Senado
Em maio, a ministra passou por um episódio parecido quando estava participando de uma sessão na Comissão de Infraestrutura do Senado. No caso, os senadores fizeram diversas provocações à ministra.
A confusão começou quando Omar Aziz (PSD-AM) fez uma pergunta sobre a pavimentação da BR-319, rodovia que liga Amazonas e Rondônia e enfrenta dificuldades de licenciamento ambiental.
Em outro momento, o presidente do colegiado, Marcos Rogério subiu o tom e questionou a educação da ministra. Ele disse que Marina Silva “deveria se colocar no seu lugar” e foi rebatido pela ministra.
Marina Silva deixou a sessão depois que Plínio Valério disse que não a respeitava como ministra. Meses atrás, ele já havia feito ataques à ministra, afirmando ter vontade de enforcá-la.