Domo de madeira do IPT visto no ambiente e seu interior – Fotos: Divulgação
O desenvolvimento é resultado de projeto integrado desenvolvido pelos alunos da Turma 3 do curso de pós-graduação lato sensu ‘Arquitetura em Madeira: Projeto e Tecnologia’, ministrado em parceria entre o IPT e o Núcleo de Referência em Tecnologia da Madeira ou, simplesmente, Núcleo da Madeira, que é uma iniciativa sem fins lucrativos de representantes de diversos setores da cadeia construtiva da madeira, estimulando seu uso versátil por meio de boas práticas em processos industriais.
A obra constitui um exercício de conclusão de curso. “Nele o grupo pode expressar, de modo coletivo e por meio da experimentação prática, técnica e criativa, conceitos abordados nas aulas, como o conhecimento das espécies de madeira, suas propriedades, dimensionamento, práticas de corte, fixação e montagem de uma estrutura, uso de produtos de proteção, entre outros desafios do edificar uma ideia”, explicou a pesquisadora Ligia Ferrari Torella di Romagnano, do Laboratório de Tecnologia e Desempenho de Sistemas Construtivos, Unidade de Habitação e Edificações do IPT, coordenadora administrativa do curso de pós-graduação ‘Arquitetura em Madeira: Projeto e Tecnologia’ do IPT, e secretária-executiva do Núcleo de Referência em Tecnologia da Madeira.
Domo de madeira do IPT visto no ambiente e seu interior – Fotos: Divulgação
A denominação ‘Domo Pompeia’ homenageia o arquiteto Roberto Alfredo Pompeia, responsável pela disciplina de ‘Conceitos Estruturais em Madeira: Forma’ desse curso de especialização, falecido precocemente em 2024. O arquiteto era filho do professor Paulus Aulus Pompeia, “renomado cientista das ciências exatas e um dos responsáveis por organizar a estrutura técnica no IPT nos anos 1970, quando foi assessor da alta direção do Instituto por mais de 10 anos”, pontua Ligia.
A estrutura arquitetônica é composta de peças da madeira cedrinho, curvadas por meio de uma conexão em ‘X’ e fixadas por elementos metálicos. “O desenho estrutural – comenta a pesquisadora – partiu da investigação sobre estruturas flexíveis e do estudo geométrico de formas orgânicas. O arranjo das peças maleáveis permitiu o equilíbrio e a estabilização do Domo sobre o terreno irregular. O objetivo do projeto é promover a experimentação, a pesquisa e o engajamento do grupo, por meio da construção de uma estrutura em madeira, tendo como função criar um espaço de estar, de encontro e contemplação.”
