São Paulo (SP) – O Índice Nacional de Confiança (INC), elaborado para a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) pela PiniOn, alcançou, em novembro, 100 pontos, aumentando 2,0%, em relação a outubro, e diminuindo 2,9%, na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) – Foto: Daniela Ortiz/Cortesia
Trata-se da quarta alta do INC no ano, levando o índice por primeira vez desde fevereiro a deixar o campo pessimista (abaixo de 100 pontos), passando para o neutro (igual a 100 pontos). A sondagem foi realizada com uma amostra de 1.679 famílias, a nível nacional, residentes em capitais e cidades do interior.
Em termos regionais, os resultados voltaram a ser heterogêneos: houve aumento da confiança nas regiões Centro-Oeste, Norte e Sudeste, estabilidade no Nordeste e queda no Sul. No caso das classes socioeconômicas, também houve resultados mistos: aumento da confiança das famílias pertencentes às classes AB e DE e estabilidade para aquelas da classe C.
Por sua vez, os resultados por gênero mostraram aumentos, tanto para os entrevistados do sexo feminino, como para aqueles pertencentes ao masculino, com maior intensidade no caso dos últimos.
Houve melhora mais intensa da percepção das famílias em relação à situação financeira atual, enquanto as expectativas futuras de renda e emprego também apresentaram melhora em relação ao mês anterior, com aumento da segurança no emprego.

Consumidores na Rua 25 de Março, em São Paulo (SP) – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O aumento generalizado da confiança resultou em maior disposição relativa a comprar itens de maior valor, tais como carro e casa, e bens duráveis, tais como geladeira e fogão, além de aumentar a propensão a investir.
Em síntese, o INC de novembro continuou mostrando aumento na comparação mensal e redução interanual, deixando o campo pessimista.
O economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, diz que o mercado de trabalho continua gerando aumentos de renda e emprego, o que, unido ao novo consignado, ao pagamento dos precatórios e a outras transferências de renda governamentais sustentam o ânimo e o consumo das famílias. Porém, o alto grau de endividamento das famílias e os efeitos negativos das altas taxas de juros sobre a atividade econômica, que seguirão sendo sentidos, poderão gerar diminuição da confiança do consumidor, ao longo dos próximos meses.
Fonte: Associação Comercial de São Paulo (ACSP)










