Cinco boas práticas para evitar multas de trânsito

Especialista aborda motivos que mais ocasionam infrações aos motoristas e reforça a necessidade de maior atenção às condutas nas vias

Laura Diniz, especialista em Direito de Trânsito e diretora de operações da SÓ Multas – Foto: Divulgação

O trânsito no Brasil há décadas enfrenta diversos desafios, muitos deles relacionados à má conservação das vias, como buracos e sinalização deficiente. Além disso, a falta de conhecimento pleno sobre as leis de trânsito por parte da população — somada às frequentes mudanças na legislação — contribui para tornar a mobilidade urbana ainda mais complicada.

A falta de conhecimento sobre as leis de trânsito contribui diretamente para os altos índices de infrações no Brasil, que ultrapassaram 75 milhões em 2024, segundo dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). Além das multas, um dado divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) chama a atenção para o número de acidentes: no ano passado, foram registrados mais de 70 mil casos em rodovias federais, um aumento de 15% em relação a 2020.

Os números reforçam a necessidade da maior atenção dos motoristas ao trânsito cotidiano, a fim de evitar as multas e – principalmente – acidentes nas vias. Foi olhando por esse lado que Laura Diniz, especialista em Direito de Trânsito e diretora de operações da SÓ Multas (empresa especializada em soluções de trânsito), elaborou algumas orientações de boas práticas para os motoristas adotarem.

Não usar o celular: uma das tecnologias que mais prendem a atenção da população pode também ser um facilitador na geração de multas e, até mesmo, ocasionar uma fatalidade no trânsito. “O uso do celular ao volante é hoje uma das principais causas de acidentes urbanos. Mesmo poucos segundos de distração podem ser fatais. A atenção total à direção é um fator decisivo para preservar vidas no trânsito”, explica Laura.

Limites de velocidade: a especialista pontua que “os limites não são arbitrários”, ou seja, “sua definição acontece com base em estudos técnicos que consideram o fluxo, a estrutura da via e a segurança dos usuários”. Dessa forma, ultrapassar o permitido dentro de rodovias e estradas, além da infração em si, faz com que o tempo de reação seja ainda menor – e, consequentemente, aumenta a gravidade de eventuais colisões.

Se beber, não dirija: segundo a PRF, o Brasil registrou mais de 3,5 mil acidentes de trânsito relacionados ao consumo de álcool entre janeiro e novembro do ano passado – um aumento de 7% em relação a 2023. “Álcool e direção são absolutamente incompatíveis. Mesmo em pequenas quantidades, o álcool compromete o tempo de reação e o julgamento do condutor. A orientação é clara: se for beber, use transporte por aplicativo ou tenha um motorista designado”, afirma Diniz.

Foto: Divulgação

Equipamentos obrigatórios: ela ainda ressalta que, apesar da infração, muitos condutores não checam os itens obrigatórios antes de iniciarem seus trajetos. “Equipamentos, como o triângulo, o macaco, e os cintos de segurança, não estão ali por formalidade. São dispositivos essenciais em situações de emergência e sua ausência, além de infração, representa risco direto à segurança”, diz.

Não bloqueie rampas e vagas especiais: além do desrespeito em si, estacionar em rampas de acesso ou vagas destinadas a pessoas com deficiência e idosas é um ato ilegal, previsto no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Laura reforça que “as vagas garantem mobilidade e acessibilidade. Logo, bloqueá-las é um direito de ir e vir do cidadão”.

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