Você já se sentiu não amado(a), mesmo estando em um relacionamento? Já tentou demonstrar carinho a alguém, mas sentiu que a pessoa não percebeu seu esforço? Isso pode ter relação com a forma como você e o outro expressam e recebem amor. Nem todo mundo sente amor da mesma forma — e é exatamente sobre isso que trata o conceito das “cinco linguagens do amor”, desenvolvido pelo autor e conselheiro matrimonial Gary Chapman.

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De acordo com Chapman, cada pessoa possui uma ou mais linguagens predominantes de amor. Quando essas linguagens são compreendidas e respeitadas dentro de uma relação, a conexão emocional se fortalece, os conflitos diminuem e o sentimento de ser valorizado(a) se intensifica. Vamos conhecer cada uma delas e entender como descobrir qual é a sua?
- Palavras de Afirmação
Para quem tem essa linguagem como principal, palavras têm um peso imenso. Elogios sinceros, frases de incentivo e declarações de amor são formas poderosas de alimentar o coração dessas pessoas. Um simples “você é incrível”, “estou com saudades” ou “te amo” pode ser o suficiente para fazer o dia delas melhor.
Mas atenção: o contrário também é verdadeiro. Palavras ríspidas, críticas constantes ou ausência de elogios podem ferir profundamente quem fala essa linguagem. Para essas pessoas, o amor precisa ser dito com clareza, em voz alta ou por mensagens escritas, todos os dias.
- Tempo de Qualidade
Nada substitui a presença para quem valoriza essa linguagem. Mais do que estar no mesmo espaço físico, o que importa é estar verdadeiramente presente. Conversas sem interrupções, jantares sem celular, passeios a dois, maratonas de séries com atenção plena — tudo isso comunica amor para quem fala essa linguagem.
O desafio está em manter o foco total no outro. É melhor passar 30 minutos de atenção genuína do que horas juntos com distrações. Para essas pessoas, dividir momentos é mais valioso do que qualquer presente.
- Presentes
Aqui, não se trata de materialismo, mas do simbolismo por trás do ato de presentear. Para quem tem essa linguagem, ganhar um presente — mesmo simples — representa cuidado, lembrança e afeto. É a prova visível de que você pensou na pessoa.
Não é o valor financeiro que importa, mas o gesto. Um bilhetinho escrito à mão, uma flor colhida no caminho, um livro que tem a ver com a conversa da semana passada — tudo isso pode transmitir amor de forma profunda e significativa.
- Atos de Serviço
Para esse grupo, ações falam mais alto do que palavras. Demonstrar amor é fazer algo útil para o outro: preparar o café, ajudar com tarefas domésticas, resolver um problema, levar o carro para lavar, buscar algo que o outro esqueceu. São atitudes que demonstram cuidado, parceria e compromisso.
Quando alguém com essa linguagem sente que está sobrecarregado(a) e o parceiro(a) não se dispõe a ajudar, isso pode ser interpretado como falta de amor. Por outro lado, pequenas ações feitas com boa vontade têm um valor enorme.
- Toque Físico
Abraços, beijos, carícias, mãos dadas, cafuné — tudo isso é essencial para quem tem essa linguagem do amor. O toque transmite segurança, conforto e conexão. Muitas vezes, essas pessoas não precisam de grandes declarações: um abraço apertado pode dizer tudo.
A ausência de contato físico pode ser interpretada como frieza ou rejeição. Por isso, é importante entender que, para elas, estar próximo, de forma física, é sinônimo de intimidade e amor verdadeiro.
Como descobrir a sua linguagem do amor?
Observe como você demonstra afeto e como se sente mais amado(a) nas relações. O que te magoa mais? O que te faz sentir especial? Outra dica é lembrar da infância: como você buscava atenção ou reagia ao carinho?
Também é comum que casais falem linguagens diferentes. Um pode precisar de tempo de qualidade com fikante, enquanto o outro prioriza atos de serviço. Isso não significa que o relacionamento não vai funcionar, mas sim que será preciso aprender a falar a linguagem do outro — como quem aprende um novo idioma por amor.
Por que isso é importante?
Saber a sua linguagem do amor — e a do seu parceiro(a) — pode transformar o relacionamento. É como receber um mapa que mostra exatamente o caminho para nutrir a conexão afetiva de maneira mais eficaz. Afinal, o amor não é só sentir, mas saber demonstrar da forma que o outro entende.
Se você sente que está dando o seu melhor e mesmo assim há uma distância emocional, talvez o problema esteja apenas na tradução do amor. Que tal conversar com quem você ama e descobrir, juntos, qual é a linguagem que toca o coração de vocês?
E aí, qual dessas linguagens mais se conecta com você? Se quiser, compartilhe com quem você ama e descubram juntos como melhorar a comunicação afetiva no relacionamento. O amor pode até falar várias línguas — mas o mais bonito é quando ele é entendido.