Artistas de Bonito participam de Mostra Coletiva no FIB

Foto: Divulgação

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Bonito (MS) – O Festival de Inverno traz nesta edição à Mostra Coletiva dos Artistas de Bonito, uma oportunidade para o público apreciar três artistas da cidade: Alessandra Mastrogiovanni, Jaqueline Facchin Borges e Miguel Serediuk Milano.

Jaqueline nasceu em Caxias do Sul, mas começou a estudar pintura quando morou em Toledo. Sua história se confunde com a do Festival, pois ela reside em Bonito há 18 anos, desde quando aconteceu o primeiro FIB. Ela pinta desde os 12 anos, incentivada pela mãe, que a colocou em cursos de desenho e pintura. Utiliza elementos naturais em suas telas, como pigmentos feitos por ela, pó de mármore, colagem, elementos retirados da construção civil, pó de ferro, areia, pigmento feito com urucum, além da colagem.

A técnica para utilização desses materiais ela aprendeu em um curso que fez em Brasília há oito anos, com o artista Lourenço de Bem. Jaqueline voltou à capital federal há dois anos para um curso de reciclagem. Lourenço trabalha com elementos da terra e pigmento natural.

A artista já trabalhou com pintura a óleo, aquarela, pastel seco, mas hoje só faz pintura em acrílico. Veio para Bonito com seus pais, onde hoje tem uma pousada. O pai era agricultor e veio “se aventurar”. “Fiquei muito lisonjeada em participar deste festival super rico, que traz toda essa cultura, com pessoas de todos os lugares. É muito gratificante”.

Miguel Serediuk Milano é engenheiro florestal e mora em Bonito há 14 anos. Nascido em Palmital, no Paraná, veio para a cidade em busca da natureza. “Desde sempre eu pinto, mas sempre foi um hobby, agora está ficando mais intenso”.

O artista é autodidata, já trabalhou com aquarela, pastel, pintura a óleo e acrílico. “Esta é a última área em que estou trabalhando”. Também faz escultura cerâmica e painéis com peças de cerâmica em alta temperatura.

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Hoje, ele está quase se aposentando e diz que sua profissão influenciou nas paisagens que pinta e em tudo o que ele faz. “Dei aulas muitos anos na Universidade Federal do Paraná na área de conservação da natureza e também na Colorado State University, que é um dos lugares mais bonitos dos Estados Unidos. Lá eu pintei bastante aquarela, por conta da praticidade. Nasci no meio do mato, escolhi Bonito para morar para ficar perto da natureza, que sempre me inspirou. Roubei o ateliê de costura da minha mulher e tenho feito essas coisas todas”.

A curadora da exposição e também coordenadora do Museu de Arte Contemporânea (Marco), Maysa Barros, disse que o objetivo é mostrar como Bonito é traduzida poeticamente por seus artistas. A Mostra é um convite à imersão nas sutilezas poéticas da cidade. Uma forma de valorizar a arte regional e de demonstrar que as belezas de Bonito se estendem para além de seu bioma.

“Nós pedimos aos artistas que enviassem imagens de suas obras para que fizéssemos a seleção. Tem um pouco do olhar dos artistas daqui, cada um com sua especificidade. Alessandra Mastrogiovanni com seu colorido, linhas e tons, Jaqueline Facchin Borges dentro desse olhar contemporâneo e Miguel Serediuk Milano com o olhar sobre a Serra da Bodoquena, ícone de Bonito. Tem um pouco de cada artista da região”, diz.

A Mostra está aberta à visitação das 17h30 às 22 horas durante o Festival de Inverno de Bonito. Venha conferir!

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