Cooperação entre Portugal e Brasil ganha novo impulso com inauguração do Núcleo de Lisboa do Grupo Luso-Brasileiro de Sustentabilidade

Após os lançamentos em São Paulo e no Rio de Janeiro, o Grupo Luso-Brasileiro de Sustentabilidade (GLBS) inaugurou um novo núcleo em Lisboa durante um evento realizado no último dia 25 de novembro.

Organizado pelos membros do Núcleo de Lisboa do Grupo, Rui Ferreira Amaral, Cláudia Gazar e Helena Estrela da Silva, o evento contou com a participação de diversos oradores ligados ao GLBS, à Intelcia, à Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira e ao Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável de Portugal. A iniciativa teve ainda o apoio institucional da Rede Governança Brasil, do 2i2 Institute BR e do A3P – Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.

Foto: Divulgação

Estiveram presentes no painel Carla Marques, CEO do Intelcia Portugal, Bernardo Ivo Cruz, membro do Conselho Consultivo do Grupo Luso-Brasileiro de Sustentabilidade, Otacílio Soares, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira em Lisboa, e Joana Spencer, representante do Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável da BCSD Portugal. As intervenções destacaram a importância da articulação estratégica entre empresas, instituições e redes de cooperação luso-brasileiras para consolidar práticas sustentáveis.

Participaram ainda Ione Macedo Gomes, fundadora do Grupo Luso-Brasileiro de Sustentabilidade, Rui Ferreira Amaral, coordenador do Núcleo GLBS Lisboa, Cláudia Gazar, também coordenadora do Núcleo GLBS Lisboa, e Helena Estrela, coordenadora do mesmo núcleo.

A sessão apresentou as primeiras linhas de atuação do grupo em inovação e responsabilidade ambiental, reunindo profissionais e entidades interessados em fortalecer parcerias na área da sustentabilidade.

Otacilio Soares, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira (CCILB), realçou que a instituição tem dedicado os últimos anos a integrar de forma consistente a agenda ESG (Environmental, Social and Governance; em português, Ambiental, Social e Governança) nas suas atividades, promovendo a aproximação entre empresas, reguladores e investidores.

Hoje, não há estratégia empresarial de longo prazo que não passe pelos riscos climáticos, pela governança responsável e pelo impacto social das nossas decisões”, sublinhou este responsável, acrescentando que a criação deste núcleo marca um passo decisivo na consolidação de um corredor de cooperação sustentável entre os dois países.

Neste sentido, Otacilio Soares explicou que a CCILB atua em três eixos estratégicos fundamentais para impulsionar a agenda ESG entre Portugal e Brasil. Ao mesmo tempo que serve de plataforma de conhecimento, organizando seminários e debates que aproximaram empresas, governo, academia e investidores em torno de temas como descarbonização, economia circular, finanças sustentáveis ou inovação verde, a CCILB também atua como ponte entre Portugal e Brasil, duas realidades que, embora distintas, são complementares.

Portugal quer consolidar-se como plataforma europeia para energia verde, hidrogénio, tecnologia e turismo sustentável. O Brasil tem um peso gigantesco na agenda climática, na bioeconomia, na agroindústria responsável, nas florestas e na transição energética. Se conseguirmos ligar esses pontos com inteligência – capital, tecnologia, mercados e projetos, criamos um corredor de negócios sustentáveis entre os dois países, com impacto real na economia e na sociedade”, defendeu Otacilio Soares, que sublinha que a CCILB “tem procurado aproximar esses mundos: ajudar empresas portuguesas a compreender as oportunidades e riscos de operar no Brasil e apoiar empresas brasileiras a se prepararem para competir em um mercado europeu cada vez mais regulado em matéria de sustentabilidade”.

O terceiro papel da CCILB é o de indutora de compromissos reais: a ESG “não pode ser apenas narrativa”, mas antes decisão estratégica, critério de investimento e prática concreta de gestão.

Durante a sua apresentação, Otacilio Soares aproveitou para convidar empresas e stakeholders a utilizarem a Câmara de Comércio que lidera como “plataforma de ação”, recorrendo aos seus comités, missões e grupos de trabalho.

Ainda assim, para o presidente da instituição, o papel desta vai muito além da organização de eventos comprometidos com a agenda ESG: envolve promover cadeias de valor responsáveis, eficiência energética, logística de baixo carbono e inclusão de pequenas e médias empresas na agenda sustentável.

O nosso trabalho é transformar boas intenções em agendas de trabalho concretas”, concluiu Otacilio Soares.

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