
Donald Trump, presidente dos Estados Unidos (EUA) – Foto: Imagem IA
Um confronto ao vivo — e uma admissão importante
Durante uma conversa intensa com a apresentadora Laura Ingraham, o presidente Donald Trump foi confrontado sobre um tema que costuma gerar tensão entre sua base: a entrada de trabalhadores estrangeiros qualificados nos Estados Unidos.
Em vez de recuar, Trump não se intimidou.
Mesmo sendo conhecido por sua postura dura em relação à imigração, ele insistiu no argumento: os Estados Unidos simplesmente não têm trabalhadores suficientes para preencher vagas altamente técnicas.
“Esse momento é revelador. Trump, mesmo pressionado por alguém politicamente alinhado a ele, mantém a afirmação de que o país precisa de talento estrangeiro. Esse tipo de admissão pública é muito poderosa,” analisa o Dr. Vinícius Bicalho — advogado licenciado nos Estados Unidos, professor de pós-graduação de direito migratório e mestre pela Universidade do Sul da Califórnia.
Trump bate na mesa: “Não temos talento suficiente aqui”
Ao ser questionado sobre a política de vistos de trabalho, Trump rebateu a ideia de substituir mão de obra estrangeira por trabalhadores locais:
“Você não pode pegar alguém da fila do desemprego e colocá-lo para fabricar mísseis.” “Não, não temos gente suficiente aqui com esse talento.”
Essas falas deixaram evidente algo que muitos não esperavam ouvir tão diretamente: até a ala mais rígida do conservadorismo reconhece que a indústria americana depende de imigrantes altamente qualificados.

Advogado Vinícius Bicalho – Foto: Acervo Pessoal
“É muito simbólico quando um presidente conhecido pela rigidez migratória verbaliza que certos setores exigem experiência que a população local não tem. Isso desmonta o mito de que os EUA conseguem suprir internamente toda a demanda por profissionais especializados,” comenta o Dr. Vinícius Bicalho.
Exemplo real: trabalhadores sul-coreanos essenciais para a indústria de baterias
Trump citou o caso da Geórgia, onde profissionais sul-coreanos — com anos de experiência em fabricação de baterias, uma área perigosa e complexa — foram alvo de fiscalização migratória.
Ele afirmou que essas empresas não conseguem treinar americanos do zero para assumir funções que exigem uma vida inteira de expertise.
“Setores de energia, defesa, semicondutores e alta tecnologia seriam inviáveis sem a força de trabalho internacional. É a base silenciosa que mantém o país competitivo globalmente,” explica o Dr. Vinícius Bicalho.
Mesmo com discurso rígido, Trump reforça: imigrantes qualificados são indispensáveis!
A fala do presidente, longe de representar uma contradição, expõe uma realidade que especialistas conhecem bem:
- Os EUA precisam de profissionais altamente qualificados;
- O mercado interno não supre a demanda;
- A imigração qualificada é parceira do crescimento econômico, e não um problema.
“Quando Trump diz que ‘não temos talento suficiente aqui’, ele não está enfraquecendo sua retórica — está descrevendo um fato econômico. Isso abre ainda mais espaço para vias migratórias como H-1B, EB-2 e EB-2 NIW,” acrescenta o advogado especialista em imigração.
Conclusão: pressão política não muda a realidade econômica
A entrevista evidencia que, mesmo sob pressão, Trump mantém a afirmação: os Estados Unidos precisam de imigrantes altamente especializados para continuar inovando, produzindo e competindo no cenário global.
“Esse tipo de declaração, ainda mais vinda de alguém com a postura do presidente, reforça que profissionais qualificados continuarão tendo portas abertas nos EUA. É o momento ideal para quem tem formação sólida pensar em um caminho migratório estruturado,” conclui o Dr. Vinícius Bicalho.










