Navegar é preciso, e é por isso que Gustavo Kiessling faz isso com maestria e intensidade para chegar longe. Aos 16 anos, ele é a mais nova joia brasileira da vela e já conta até com um título mundial no currículo.
Guga foi introduzido ao esporte na água. Ele fazia natação e até chegou a competir, mas quanto tinha 9 anos conheceu a vela, modalidade que o pai praticou. E do barco não quis sair mais.
Gustavo Kiessling – Foto: Divulgação
“A vela me aproximou da água e do mar. Aprendi muito sobre correntezas e até meteorologia. É um esporte em que um dia nunca é igual ao outro“, diz Guga, que compete na classe ILCA 7 e treina na represa do Guarapiranga, zona sul da capital, e em Ilhabela.
A galeria de títulos de Guga é versátil. Ele é tricampeão paulista, campeão sul-americano sub-19 e sub-21 e campeão mundial sub-17 na classe ILCA6. No último domingo (24), fisgou o bronze nos Jogos Pan-Americanos Júnior de Assunção (Paraguai), principal competição poliesportiva das Américas para atletas até 23 anos.
Bolsista do Programa Talento Esportivo, plataforma de financiamento a atletas da base ao alto rendimento, Guga tem uma outra conquista na carreira que não se traduz necessariamente em medalha ou recorde. O jovem já teve a oportunidade de treinar com o bicampeão olímpico e lenda da vela Robert Scheidt. “O Robert Scheidt é um cara extraordinário! Ele me passou algumas dicas. Foi ótimo treinar com ele“, conta
A exemplo de Scheidt, Guga também sonha em ter um lugar no panteão dos maiores atletas olímpicos do Brasil. Ele se vê em condições de quebrar um jejum da vela masculina brasileira, que não medalha nas Olimpíadas desde Londres-2012.
“Acho que tenho potencial [para brigar por medalha]. O Brasil tem uma nova geração de velejadores muito forte e acredito que esse time vai longe“, destaca Guga, que tem num horizonte próximo a disputa do Campeonato Brasileiro, em janeiro de 2026.
