Síndrome de Guillain-Barré e a Covid-19

Em situações raras, pacientes infectados pelo coronavírus podem desenvolver a síndrome

Na maioria dos casos, a COVID-19 é uma infecção respiratória que causa febre, dores, cansaço, dor de garganta, tosse e em casos mais graves, falta de ar e dificuldade respiratória.

No entanto, o coronavírus também pode causar sequelas ao infectar células fora do trato respiratório e causar uma ampla gama de sintomas, desde doenças gastrointestinais (diarreia e náusea) a danos cardíacos e distúrbios de coagulação do sangue. Sem contar doenças neurológicas, dentre elas a Síndrome de Guillain-Barré.

Essa síndrome é uma condição bem conhecida na qual o sistema imunológico atinge os nervos periféricos como estranhos e os ataca, resultando nas características principais da doença. Os sintomas do distúrbio “incluem fraqueza, arreflexia [ausência de reflexos], parestesia [formigamento] e, em alguns casos, ataxia [falta de equilíbrio].

Não é incomum que casos graves de doenças infecciosas desencadeiem Guillain-Barré, que é um distúrbio neurológico em que o sistema imunológico responde a uma infecção e acaba atacando erroneamente a bainha de mielina das células nervosas, resultando em fraqueza muscular e, eventualmente pode levar a morte. O diagnóstico é realizado a partir da anamnese, exame clinico neurológico e exame de liquor”, explica a neuropediatra, Dra. Maria José Martins Maldonado.

Felizmente, os vírus respiratórios que atingem o cérebro são uma ocorrência rara. Mas, com milhões de infecções por COVID-19 em todo o mundo, existe o risco de doença neurológica significativa, especialmente em casos graves. É importante estar ciente da possibilidade de manifestações neurológicas de COVID-19, tanto durante a doença aguda quanto da possibilidade de efeitos a longo prazo. Isso também destaca a importância contínua de prevenir a transmissão viral e identificar aqueles que estão, e foram, infectados”, destaca a médica.

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