Paralisia cerebral e os desafios da inclusão

Dia 21 de setembro é o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência

Essa data é uma importante oportunidade para a reflexão sobre a importância da inclusão social. O 21 de setembro foi escolhido porque está próximo do início da primavera, estação conhecida pelo aparecimento das flores. Esse fenômeno representaria o nascimento e renovação da luta das pessoas com deficiência.

A deficiência atinge diferentes níveis e pode ser classificada em quatro tipos: a física, a auditiva, a visual e a mental. A paralisia cerebral é uma lesão cerebral que ocorre, em geral, quando falta oxigênio no cérebro do bebê durante a gestação, no parto ou até dois anos após o nascimento – neste caso, pode ser provocada por traumatismos, envenenamentos ou doenças graves, como sarampo ou meningite. Trata-se de uma condição progressiva que pode acarretar alterações cerebrais permanentes, capazes de comprometer o desenvolvimento físico/motor da criança.

A paralisia cerebral configura o quadro clínico mais comum – e mais incapacitante – que ocorre na infância: atualmente, há cerca de 17 milhões de casos de paralisia cerebral registrados em todo o mundo.

Segundo dados fornecidos pelo movimento internacional World Cerebral Palsy Day (Dia Mundial da Paralisia Cerebral, celebrado anualmente em 6 de outubro), uma em cada quatro crianças diagnosticadas não fala, uma em cada três não anda e uma em cada duas apresenta deficiência intelectual. A paralisia cerebral compromete significativamente o desempenho do paciente nas atividades cotidianas.

Existem 5 tipos de paralisia cerebral que podem ser classificadas como:

– Paralisia cerebral espástica: É o tipo mais comum afetando quase 90% dos casos, sendo caracterizada por reflexos de estiramento exagerados e dificuldade em realizar movimentos devido a rigidez muscular;

– Paralisia cerebral atetóide: Caracterizada por afetar o movimento e a coordenação motora;

– Paralisia cerebral atáxica: Caracterizada por tremor intencional e dificuldade em caminhar;

– Paralisia cerebral hipotônica: Caracterizada por articulações frouxas e músculos enfraquecidos;

– Paralisia cerebral discinética: Caracterizada por movimentos involuntários.

Os primeiros sinais de paralisia cerebral geralmente aparecem antes de uma criança completar 18 meses de idade. Crianças com paralisia cerebral são frequentemente lentas para atingir marcos do desenvolvimento, tais como aprender a rolar, sentar, engatinhar, sorrir ou caminhar. Os pais muitas vezes são os primeiros a suspeitar que seu bebê não está desenvolvendo habilidades motoras normalmente”, explica a neuropediatra, Dra. Maria José Martins Maldonado.

A criança com paralisia cerebral normalmente apresenta uma certa rigidez muscular e dificuldade para controlar os movimentos. A depender do local e tamanho da lesão no cérebro, a criança também pode apresentar outros problemas, como alterações de percepção e um déficit intelectual.

A neuropediatra ainda explica que o tratamento para paralisia cerebral deve ser feito por toda a vida, mas não irá curar essa condição, mas é muito útil para melhorar o cuidado com a pessoa afetada, melhorando sua qualidade de vida. Podem ser necessários remédios, cirurgia, sessões de fisioterapia e terapia ocupacional.

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