Luisa Stefani se despede de Wimbledon

Tenista paulistana formou dupla nacional com gaúcho Marcelo Demoliner

São Paulo (SP) – A paulistana Luisa Stefani, número 23 do mundo, seu melhor ranking da carreira, se despediu, neste sábado (3), do torneio de Wimbledon, mais tradicional evento do mundo, jogado All England Club, em Londres. Luisa e o gaúcho Marcelo Demoliner foram superados na segunda rodada de duplas mistas por sua parceira de dupla feminina, Hayley Carter, dos EUA, e o belga Sander Gille, cabeças de chave 13. Os dois caíram por 6/2 3/6 6/3 na quadra 5 do All England Club, em Londres.

Luisa volta para os Estados Unidos depois jogar dupla feminina e mista (Divulgação)

“Infelizmente não deu hoje na mista, jogo duro contra minha própria parceira, mas valeu a semana. Eu não sabia se poderia jogar aqui, mas pude vir. Obviamente chateada com os resultados, mas vou poder voltar para casa para treinar bem e firmar a mente e o corpo e ir muito firme para gira de quadra rápida nos Estados Unidos”, disse Luisa que retorna para a Saddlebrook Academy, em Tampa, na Flórida.

Luisa fez o primeiro torneio após ficar afastada do circuito, recuperando-se de uma cirurgia de emergência por conta de apendicite, não tendo jogado Roland Garros.

Carreira – Luisa Stefani, 23 anos, nascida em São Paulo (SP), mora em Tampa, na Flórida (EUA), treinando na Saddlebrook Academy. Cursou a universidade americana de Pepperdine, onde jogou o circuito universitário por alguns anos. Se destacou e optou por trancar a faculdade para disputar o circuito profissional integralmente a partir de meados de 2018. Ganhou destaque nas duplas e começou a colher resultados já em 2019, conquistando um título no WTA de Tashkent, no Uzbequistão, e o vice-campeonato em Seul, na Coréia do Sul, em outubro, com sua então nova parceria, a norte-americana Hayley Carter, terminando o ano perto das 70 melhores do mundo.

Em 2020, conquistou o WTA 125 de Newport Beach, na Califórnia e chegou às oitavas de final do Australian Open. Após a quarentena, comemorou o título do WTA de Lexington, nos Estados Unidos. Terminou o ano como a 33ª do mundo, primeira brasileira no top 40 em mais de três décadas. Começou 2021 com a final no WTA 500 de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, alcançando o top 30 – a primeira brasileira desde 1976 – e chegou à segunda decisão em Adelaide e à terceira em Miami, torneio da série WTA 1000. O vice-campeonato em Miami permitiu que Luisa subisse para a 25ª posição no ranking, o melhor de uma brasileira na história desde que o ranking WTA foi criado em 1975. Como juvenil, também foi destaque, conquistando vitórias em Wimbledon e tornando-se Top 10.Roland Garros.

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