Tratamentos e terapias trazem qualidade vida às pessoas com Síndrome de Down

Dia 21 de março é Dia Internacional da Síndrome de Down

A Síndrome de Down é uma alteração genética no cromossomo “21”, que deve ser formado por um par, mas no caso das pessoas com a síndrome, aparece com “3” exemplares (trissomia). Por isso, o dia 21 de março foi escolhido para ser o Dia Internacional da Síndrome de Down.

Essa data visa chamar a atenção especialmente das pessoas pouco informadas sobre as capacidades das pessoas com a Síndrome de Down e conscientizar a sociedade sobre a importância da luta pelos direitos igualitários, o seu bem-estar e a inclusão dos portadores de Down na sociedade.

Foto: Divulgação

A Síndrome de Down não é uma doença, e não impede, de maneira nenhuma, que o indivíduo tenha uma vida social normal. Hoje em dia, por lei, a criança portadora de Down tem que ser matriculada em escola regular, junto com todas as outras crianças. Além do fato de essa convivência ser extremamente saudável para todos, é a conduta mais eficiente para o aprendizado pedagógico – que se torna um pouco mais demorado devido àquele terceiro cromossomo, mas acontece.

A síndrome de Down (SD) é uma das alterações genéticas mais frequentes. De acordo com o geneticista e pediatra professor dr. Zan Mustacchi, um dos maiores especialistas na síndrome, reconhecido internacionalmente, nós temos dois cromossomos 21, um que vem do pai e outro que vem da mãe. “Eles fazem o papel de maestro das 400 funções enzimáticas do nosso organismo. Na síndrome de Down há três cromossomos 21 em vez de dois, portanto são 600 funções em conflito. Há uma desorganização. Como se em vez de colocar um motor no carro, colocássemos dois. Ou como se numa orquestra houvesse dois pianos a mais.”

 “Essa síndrome tem seus primeiros registros em 1505, já em 1865 foi publicado um estudo interessante sobre o assunto. A Síndrome de Down traz algumas alterações, quase metade das crianças com a síndrome nasce com algum problema no coração. Dessas, cerca de 25% conseguem viver normalmente sem necessidade de cirurgia”, explica a neuropediatra Maria José Martins Maldonado.

Ela ainda explica, que no Brasil nasce cerca de 8 mil bebês com a síndrome e pode ser identificada após o nascimento do bebê, por meio da observação de traços físicos característicos de pessoas portadoras da falha, como:

– Fraqueza muscular;

– Apenas uma linha na palma da mão;

– Face plana;

– Olhos oblíquos;

– Mãos largas e dedos curtos;

– Maior distância entre o dedão do pé e os outros dedos;

– pescoço E nariz largos;

– Junção das sobrancelhas;

– Orelhas pequenas;

– Cabelo fino e ralo.

E também têm tendência em a desenvolver problemas de saúde como:

– Atraso no desenvolvimento da criança;

– Cardiopatia congênita (anormalidade que ocorre na estrutura ou na função do coração);

– Hipotonia (diminuição do tônus muscular);

– Problemas auditivos;

– Problemas de visão;

– Problemas de coluna;

– Distúrbios na glândula tireoide;

– Problemas neurológicos;

– Obesidade;

– Envelhecimento precoce;

– Maior risco de desenvolver leucemia.

“Apesar de terem um aprendizado um pouco mais lento, é possível estimular, desde cedo, as crianças com síndrome de down, para que desenvolvam suas capacidades e tenham menos dificuldades no futuro. Por esse motivo, é preciso que haja acompanhamento e instrução, respeitando o tempo de aprendizado de cada um. Desse modo, o exercício da capacidade lógica, de raciocínio, interpretação e organização das informações será, de forma gradativa, melhorada por meio do incentivo da instituição de ensino e dos familiares, que precisam deixar que a criança desenvolva e solucione suas tarefas sozinhas”, explica a neuropediatra.

 “De uns anos para cá, a sobrevida aumentou muito, devido às cirurgias e as terapias, tendo uma qualidade de vida. Alguns chegam aos 65 anos e conseguem ter certa autonomia nas suas atividades”, completa a médica.

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