Investir na Previdência Privada reduz o imposto de renda? Por quê?

Você que é possível abater parte das suas contribuições para planos de previdência privada com o PGBL? É possível reduzir o imposto de renda fazendo a declaração completa através deste plano de previdência privada. Assim, você usa um artifício a seu favor para deduzir um valor na sua próxima declaração de Imposto de Renda (IR).

Se você escolher o PGBL, você pode deduzir as aplicações de até o limite de 12% dos rendimentos tributáveis, o que reduz consideravelmente o seu imposto. Dependendo dos rendimentos, despesas e fundos previdenciários, essa dedução pode não valer a pena. Aqui vamos abordar os principais detalhes sobre este plano e a tributação do IR.

Foto: Shutterstock

O que é um plano PGBL?

Existem dois tipos de planos de previdência privada, o VGBL e o PGBL. Aqui neste artigo, vamos falar mais especificamente sobre o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre).

Esse plano visa a acumulação de renda de valor investido. Sua principal característica é que na hora do resgate ou recebimento de renda mensal, o imposto de renda incidência sobre o valor total resgatado ou da renda.

Nesse plano, o investidor por deduzir sua base de cálculo de Imposto de Renda. Nos valores contribuídos, é possível deduzir até o limite de 12% da renda bruta anual tributável. Com a dedução, há uma vantagem tributária porque o desconto ajuda a reduzir o imposto a ser pago e pode aumentar o valor da restituição do seu Imposto de Renda Pessoa Física.

A dedução do IR no PGBL é cobrada no futuro

O PGBL é um benefício que vale para quem escolhe esse plano de previdência privada, faz a declaração completa do imposto de renda e contribui para o INSS. Quem opta pela declaração simplificada, sofre o desconto padrão de 20% sobre o valor dos rendimentos tributáveis até R$ 16 mil.

Com isso, a declaração completa é recomendada para quem possui muitas despesas dedutíveis como dependentes, plano de saúde, gastos com escola ou faculdade, pensão alimentícia, entre outros.

Apostar no PGBL pode ser uma vantagem para quem pensa no presente, principalmente para quem tem muitas despesas dedutíveis e tem de optar pela declaração completa. A principal vantagem é que com o desconto no imposto de renda, é possível realizar aportes maiores no plano de previdência.

Mas é preciso entender que ao usar o PGBL, você está apenas adiando o pagamento do imposto. Na hora de resgate o investimento do seu plano, você pagará o imposto sobre o valor total acumulado, ou seja, a soma dos aportes e dos rendimentos do período. Basicamente, você está realizando um processo chamado de diferimento fiscal.

Qual é o melhor plano e melhor regime de tributação para escolher?

Além do PGBL, existe o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) como opção de plano de previdência privada. E a principal diferença entre estes dois modelos é justamente o formato de tributação do Imposto de Renda, confira abaixo as principais características de cada plano:

PGBL

  • Indicado para quem faz a declaração completa do IR
  • Abate até 12% do limite de renda tributável, ou seja, desconta menos dos aportes realizados no ano, basta contribuir para o INSS
  • Quem possui outras despesas dedutíveis também pode englobar nesse desconto até o limite de 12%

VGBL

  • Indicado para quem faz a declaração simplificada de IR
  • Não permite o abatimento dos investimentos feitos, ou seja, o IR incide sobre todos os aportes realizados na alíquota padrão de 20%
  • Diferente do PGBL, o IR só incide sobre os rendimentos, livrando os valores investidos no período desta cobrança.

Outro fator primordial para um plano de previdência é o regime de tributação. Existem duas tabelas: a progressiva e a regressiva. Basicamente, o que as difere é a forma como elas impõe a alíquota de IR com o passar dos anos, confira abaixo:

Tabela regressiva

A tabela regressiva é indicada para quem tem metas de longo prazo, como a aposentadoria, já que a ideia principal seria de realizar aportes e deixar o dinheiro render ao longo dos anos para só sacar no futuro.

Assim, dentro da tabela regressiva, a alíquota do IR seria bem menor, porque ela possui o formato decrescente, começando da maior alíquota e caindo ao longo do tempo, confira como funciona a tabela abaixo:

  • Até 2 anos: 35%
  • Entre 2 e 4 anos: 30%
  • 4 a 6 anos: 25%
  • 6 a 8 anos: 20%
  • Acima de 10 anos: 10%

Tabela progressiva

Já a tabela progressiva tem o formato inverso, nela a alíquota do IR começa na alíquota mais baixa e vai até a mais alta, dependendo do valor acumulado. Ela é indicada para objetivos de curto prazo e com baixo volume de recursos arrecadados, o que não é muito aconselhado na previdência privada, confira como funciona a tabela abaixo:

  • Até R$ 1.903,98 é isento
  • Entre R$ 1.903,98 até R$ 2.826, 65 é de 7,5%
  • Entre R$ 2.826,65 até R$ 3.751,05 é de 15%
  • Entre R$ 3.751,05 e R$ 4.664,68 é de 22,5%
  • Acima de R$ 4.664,68 é de 27,5%

É importante não pensar apenas na dedução do imposto de renda, mas em todo o conjunto de fatores, antes de optar pelo PGBL. Dependendo dos fatores, pagar menos impostos hoje pode não valer a pena no futuro.

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