Estudo IBM: líderes brasileiros apontam áreas de investimento impulsionadas pela Covid-19

51% dos executivos entrevistados no país compartilharam que a transformação digital será prioridade para os próximos 2 anos; Apenas 2% dos executivos brasileiros priorizavam a segurança no trabalho dois anos atrás, mas 52% planejam colocar foco até 2022.

São Paulo (SP) – Um novo estudo da IBM com executivos C-Level de todo o mundo, incluindo o Brasil, revelou que quase seis em cada dez organizações pesquisadas aceleraram suas transformações digitais devido à pandemia e que líderes de negócios planejam aumentar a priorização de novas tecnologias, como nuvem e inteligência artificial. 66% dos executivos globais entrevistados disseram que concluíram iniciativas que antes encontravam resistência e barreiras tradicionais, como tecnologia, imaturidade e a oposição dos funcionários à mudança.

Além disso, as empresas participantes estão vendo com mais clareza o papel crítico que as pessoas desempenham na condução de sua transformação contínua. Os líderes pesquisados destacaram a complexidade organizacional, as habilidades inadequadas e o esgotamento dos funcionários como os maiores obstáculos a serem superados – tanto hoje quanto nos próximos dois anos.

O estudo, conduzido pelo IBM Institute for Business Value (IBV), “COVID-19 e o futuro dos negócios”, que inclui contribuições de mais de 3.800 executivos C-Level em 20 países e 22 setores, mostra que os executivos entrevistados estão enfrentando uma proliferação de iniciativas devido à pandemia e tendo dificuldade de foco, mas planejam a priorização das iniciativas internas e operacionais, como desenvolver habilidades da força de trabalho e projetos de flexibilidade – áreas críticas a serem abordadas para impulsionar o progresso.

Foto: Divulgação

O estudo revela tendências de investimento apontadas pelos líderes pesquisados no Brasil para se fortalecerem nesse período.

  • 51% dos executivos brasileiros compartilharam que a transformação digital será prioridade para os próximos dois anos.
  • Apenas 2% dos executivos brasileiros priorizavam a segurança no trabalho há dois anos. Hoje, 18% dizem priorizar e nos próximos dois anos 52% compartilham que será prioridade.
  • 30 pontos percentuais é o crescimento no número de executivos brasileiros que planejam aumentar a priorização da escalabilidade operacional em até dois anos de (5% a 35%). Dentro desse contexto, o crescimento da prioridade em nuvem será de 21 pontos (de 59 para 80%) nesse mesmo período.
  • O percentual de líderes que planejam aumentar a priorização da inteligência artificial nos próximos 2 anos subiu de 31% para 48%, um aumento de 17 pontos em relação ao período atual.
  • Os executivos brasileiros têm planos de aplicar cada vez mais a automação em todas as funções do negócio, mas grandes saltos são esperados em aquisições (3,2x), risco (2,5x), cadeia de suprimentos (2,8x) e P&D (3,2x).
  • 56% dos executivos brasileiros de organizações que produzem bens materiais compartilharam que planejam priorizar mais capacidade disponível para enfrentar qualquer nova crise nos próximos 2 anos. Essa porcentagem foi a mais alta em todos os países para planos de capacidade adicional para a cadeia de abastecimento.
  • 51% dos executivos pesquisados planejam priorizar a cibersegurança.

“Para muitos líderes, a pandemia foi o ponto de inflexão necessário para impulsionar a transformação digital. Ela provou que, mais do que nunca, a tecnologia é a principal aliada para que a empresa opere de uma forma madura, ágil, resiliente, gerando experiências únicas ao cliente. Mas essa transformação só será sustentável se as empresas prepararem seus talentos para essa nova era, com skills que permitirão a criação de uma cultura de reinvenção digital constante dentro da empresa”, diz Thais Marca, Managing Partner para IBM Services na América Latina.

Insights globais do estudo

A disrupção abrupta gerada pela pandemia de COVID-19 mostrou como pode ser importante para as empresas serem construídas para a mudança. Muitos executivos estão enfrentando flutuações de demanda, novos desafios para apoiar funcionários que trabalham remotamente e requisitos para cortar custos.

O estudo revela que a maioria das organizações está fazendo mudanças permanentes em sua estratégia organizacional. Por exemplo, 94% dos executivos pesquisados planejam participar de modelos de negócios baseados em plataforma até 2022, e muitos relataram que aumentarão a participação em ecossistemas e redes de parceiros.

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Liderando, envolvendo e capacitando a força de trabalho de novas maneiras

O estudo mostrou também que o foco nas pessoas pode ser crítico em meio à pandemia de COVID-19, enquanto muitos funcionários trabalham fora dos escritórios tradicionais e lidam com o estresse pessoal e a incerteza.

Pesquisas de consumo de IBV em andamento mostraram que as expectativas dos funcionários em relação aos empregadores mudaram em meio à pandemia – os funcionários agora esperam que seus empregadores tenham um papel ativo no apoio à sua saúde física e emocional, bem como às habilidades de que precisam para trabalhar de novas maneiras. 83% dos executivos brasileiros acreditam que têm ajudado seus funcionários a aprenderem as habilidades necessárias para trabalhar de uma nova maneira, e 82% dos dizem que estão apoiando a saúde física e emocional de sua força de trabalho.

Para resolver essa lacuna, a IBM recomenda que os executivos coloquem mais foco em seus talentos, colocando em primeiro lugar o bem-estar de ponta a ponta dos funcionários. Líderes empáticos que estimulam a responsabilidade pessoal e apoiam os funcionários a trabalhar em equipes autodirigidas que aplicam o design thinking, princípios Agile, ferramentas e técnicas DevOps podem ser benéficos. As organizações também devem pensar em adotar um modelo holístico e multimodal de desenvolvimento de habilidades para ajudar os funcionários a desenvolver as habilidades comportamentais e técnicas necessárias para trabalhar no novo normal e promover uma cultura de aprendizagem contínua.

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