Leilão no Espírito Santo confirma nova realidade no saneamento

Associação das operadoras aponta para os avanços em investimentos, concorrência e transparência na busca da universalização dos serviços, três meses após a sanção do novo marco legal do setor

A ABCON, associação das operadoras privadas de saneamento, avaliou como muito positivo o segundo leilão realizado após a sanção do novo marco legal do setor.

O certame concluído nesta terça-feira (20/10) escolheu a empresa que tratará, em regime de PPP com a companhia estadual de saneamento, o esgoto de Cariacica e Viana, na região metropolitana de Vitória, para universalizar os serviços em até dez anos. Os investimentos de R$ 580 milhões em 30 anos de contrato vão beneficiar 423 mil pessoas. A proposta vencedora ofereceu deságio de 38,13% sobre a tarifa de esgoto estipulada no edital.

O leilão no Espírito Santo confirma a nova realidade do saneamento, marcada por concorrência, grande aporte de novos investimentos e transparência em um setor que ainda tem muito a contribuir na retomada da economia“, afirma Percy Soares Neto, diretor executivo da ABCON.

Percy destaca que os formatos e modelos de negócios propostos pelos leilões podem ser diferentes, mas todos são relevantes para dar velocidade à universalização, ainda distante, dos serviços de água e esgoto no país. “Sejam concessões plenas, contratos regionalizados, PPPs ou outros tipos de parceria, o setor privado tem interesse nos diversos modelos de negócios possíveis. O importante é acelerar o investimento e diminuir o déficit do saneamento no país. Os leilões comprovaram o interesse de empresas privadas de investir após a aprovação do novo marco legal, inclusive de novos players que desejam atuar no setor“, completa.

Foi o segundo leilão em menos de dois meses com modelagem do BNDES. No final de setembro, sete propostas participaram da escolha para a PPP de operação de água, coleta e tratamento de esgoto na região metropolitana de Maceió (AL). A concorrência também foi considerada um sucesso, com uma outorga ao estado de R$ 2 bilhões, o que significou um ágio de 13.182% sobre o valor inicial estipulado no edital.

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