Samba da Feira volta no dia 17 de outubro

E o novo normal chegou à maior roda de samba do Rio

Grupo Seligaê – Foto: Arquivo

“… E a gente vai ser feliz / Olha nós outra vez no ar / O show tem que continuar…”

Olha o Samba da Feira aí, gente! A volta aos Armazéns do Engenhão está marcada para o próximo sábado, dia 17, a partir das 17h, sob o comando do grupo Seligaê e com várias novidades. A maior delas é a obrigatoriedade de cadastro para evitar aglomeração. Afinal, o importante é seguir todos os protocolos de segurança.

Então, vamos aos procedimentos.

A entrada continua sendo gratuita, mas é preciso fazer um cadastro individual no link https://www.guicheweb.com.br/sambadafeira.

Só será permitido entrar no evento com apresentação do ingresso – impresso ou no celular – até o horário limite previamente estabelecido e divulgado no próprio ingresso, que é nominal e intransferível. Por isso, para entrar é preciso apresentar documento de identidade válido em território nacional. Crianças até 12 anos podem entrar sem ingresso, mas acompanhadas de seu responsável (com ingresso). É obrigatório o uso de máscara para todos. Ao chegar, o público passará por todas as medidas de prevenção e segurança, inclusive com medição de temperatura. E não será permitido ficar transitando dentro e fora do evento. Também não será permitida a entrada de copos, garrafas, petiscos, bolo e doces, exceto no dia do aniversário previamente agendado com a organização. Lembrando que, ao atingir a capacidade máxima permitida no local, as portas serão fechadas.

Onde estacionar: o estacionamento seguro do Samba da Feira é na ala oeste dentro do estádio Nilton Santos e no Espaço Engenhão 189. Fora desses locais, o carro estará sujeito a ser rebocado e/ou danificado.

Sócio e organizador do Samba da Feira, Mario Castilho não vê dificuldade em adequar o evento às normas exigidas no que se refere ao distanciamento social e à redução de público. Para ele, o maior desafio vai ser controlar a empolgação das pessoas: “Claro que vai ser uma novidade, porque o samba tem muito da questão da energia, com o público ali colado junto, se abraçando e se beijando. Mas é o novo normal, e, com certeza, a galera do samba vai se adequar. O Samba da Feira é hoje a maior roda de samba do Rio de Janeiro. Então, os holofotes vão estar todos voltados para a gente. Queremos fazer um trabalho bacana e servir como exemplo até mesmo para que a prefeitura não volte atrás na liberação.

Mais sobre o Samba da Feira

Em quatro anos de existência, o projeto Samba da Feira é o maior evento semanal, aberto, popular e gratuito da Zona Norte carioca. Antes da pandemia, o evento tinha uma média de público de 5.000 pessoas por sábado, mais de 20 mil por mês.

O Samba da Feira tem um grupo de músicos fixo no evento. É o grupo Seligaê, que era a banda base dos shows do cantor e compositor Arlindo Cruz. Com a batucada de primeira como característica, o Seligaê é formado por Tico Santos (repique de mão e voz), Fábio Miudinho (pandeiro e voz), Edir Lins (tantã), Flávio Miúdo (surdo e voz), Leandro Luna (violão e voz) e Betão (reco-reco e voz). O grupo lançou um CD produzido por Wilson Prateado, com músicas inéditas e duas faixas com pot-pourris de regravações.

A história do Samba da Feira

Tudo começou na casa do administrador de empresas Mario Castilho, na rua Teresa Cavalcante, em Piedade. Todo sábado, dia de feira na rua, ele costumava acordar cedo, preparar uns camarões, chamar os amigos e ouvir um bom samba no quintal, enquanto acompanhava o movimento da feira. Teve, então, a ideia de comprar um barril de chope e deixar as portas da garagem abertas para quem quisesse parar e curtir o samba. Surgia, assim, o Samba da Feira, que estreou no dia 14 de maio de 2016. O barril logo virou vários, tiveram de providenciar espaço para os barraqueiros e para a galera que só aumentava a cada sábado. Não demorou para o samba, que ia das 10h às 16h, virar febre e atrair público do bairro e das adjacências.

O evento cresceu muito, e vieram os problemas: reclamações de vizinhos por causa do barulho, reclamações dos feirantes… Então, Mario e os amigos foram conversar com o administrador regional da XIII R.A. e receberam a oferta de fazer a roda nos Armazéns do Engenhão, localizados na parte externa do Estádio Nilton Santos. E foi lá que o Samba da Feira passou a acontecer todo sábado, a partir do dia 3 de dezembro de 2016. “Quando fomos para Engenhão, nossa preocupação era não perder a essência do SAMBA DA FEIRA”, explica Mario Castilho. Eles conseguiram. O samba segue firme e forte.

Ainda no quintal, o Samba da Feira já recebia artistas, mas foi nos Armazéns do Engenhão que o evento passou a convidar sambistas de peso. O primeiro foi Toninho Geraes. Para bancar o cachê, os amigos se arriscaram e correram atrás na divulgação: usaram mídias sociais, firmaram parceria com emissora de rádio, e, de lá para cá, o samba se propagou. Toninho Geraes abriu porta para Xande de Pilares, que elogiou o evento em seus stories, no Instagram, e pronto!

O Samba da Feira firmou-se como grande evento e passou a atrair outros grandes artistas como Alcione, Belo, Jorge Aragão, Mumuzinho, Fundo de Quintal, Mart’nália, Diogo Nogueira, Leci Brandão, Grupo Molejo, Maria Rita, Bebeto, Dudu Nobre, Monarco, Revelação, Chininha & Príncipe, Xande de Pilares, Swing & Simpatia, Pixote, Reinaldo, Galocantô, Marquynhos Sensação, Tiee, Bom Gosto, Arlindinho, Pique Novo, Sombrinha, Gustavo Lins, Netinho de Paula, Ronaldinho e muitos outros.

Samba da Feira em números

Em quatro anos, mais de 500 mil pessoas já passaram pelo Samba da Feira. Ao vivo e a cores, é sempre uma multidão que prestigia o evento. E os números não são só uma questão de público. São 200 pessoas trabalhando diretamente com o Samba da Feira, única diversão gratuita do Engenho de Dentro e dos bairros próximos, que gera trabalho interno para 30 pessoas – entre garçons, seguranças e pessoal de limpeza –, assim como alavanca as vendas dos comerciantes entorno do Engenhão.

Nas redes sociais, o Samba da Feira (@sambadafeirarj) também é sucesso.  Mesmo com a pandemia, o Samba da Feira continua mantendo o seu público fiel nas redes sociais com mais de 106 mil seguidores no Facebook, 67.900 no Instagram e 54,9 mil seguidores no canal do YouTube. E continua se comunicando com o público, que espera ansioso pela volta do samba ao galpão.

Serviço:

Sábado 17 de outubro, das 17h às 23h30

Armazéns do Engenhão

Praça do Trem s/nº, ao lado do estádio Nilton Santos, em frente à estação de trem do Engenho de Dentro

Entrada gratuita liberada a partir de cadastro no link: https://www.guicheweb.com.br/sambadafeira

Classificação livre

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