Tecnologias ajudam empresas para uma retomada inteligente

Joaquim Campos – Foto: Arquivo Pessoal

Vivemos um momento sem precedentes. A pandemia mudou o mundo que conhecíamos há alguns meses e o futuro parece imprevisível, porém é preciso buscar um outro olhar. Tive boas conversas com clientes da IBM aqui no Brasil – tanto com as equipes de liderança, quanto seus funcionários, clientes e parceiros, de empresas e do governo, e esses executivos não buscam apenas superar a crise. Em vez disso, eles veem esse momento como um dever de mudança, uma oportunidade para repensar o todo – desde o papel da corporação na sociedade moderna, passando pelas operações de negócios do dia-a-dia, até a natureza do trabalho em si. Eles reconhecem que o sucesso no futuro significa transformar a empresa hoje.

Entendo que existe uma ansiedade pela continuidade, tanto em organizações que são ou foram afetadas levemente, bem como para as que sentiram o impacto de forma mais aguda que, neste momento, se preparam para voltar aos escritórios. Para isso é fundamental considerar a segurança sobre quando e como trazer seus funcionários de volta. Assim, a confiança é essencial. Ao mesmo tempo, a enorme escala de planejamento e o número de decisões necessárias podem sobrecarregar os métodos tradicionais de preparação para que isso ocorra. Felizmente, nos últimos anos, o surgimento de tecnologias baseadas em inteligência artificial (IA) permitem que os gerentes tomem as melhores decisões quase em tempo real. Para retornar ao trabalho em um mundo de Covid-19, essas tecnologias podem ajudar os empregadores das seguintes maneiras:

Retornar de forma mais inteligente ajudando na tomada de decisões baseadas em evidências sobre quando os funcionários devem voltar ao local de trabalho e quando determinados escritórios devem ser fechados. Essas decisões dependem da coleta e análise de dados em tempo real a partir de várias fontes, incluindo taxas e tendências locais de infecção, sintomas e resultados de testes compartilhados voluntariamente por funcionários, riscos à saúde dos profissionais e suas famílias e leis estaduais e locais.

Usar o espaço com sabedoria, auxiliando os gerentes a alocar ambientes rapidamente; designar zonas proibidas; providenciar a limpeza; e monitorar aglomeração, distanciamento social e uso de máscaras.

Maximizar a eficácia do rastreamento de contatos, ajudando as organizações com suporte para agentes de atendimento e rastreadores de contato, preservando a privacidade dos funcionários. Quando os profissionais voluntariamente avisam seus empregadores sobre um resultado positivo do teste e dão consentimento, os rastreadores de contato podem realizar entrevistas e usar informações de várias fontes para ajudar a identificar indivíduos que devem ser notificados de uma possível exposição; documentar todas as informações relacionadas aos casos em um sistema seguro e de preservação da de privacidade; e acionar fluxos de trabalho de gerenciamento de casos projetados pelo empregador para apoiar os funcionários enquanto eles se recuperam.

Comunicar-se com funcionários, fornecedores e outras partes interessadas por meio de aplicativos e agentes virtuais com IA para fornecer as respostas das empresas empregadoras às perguntas sobre a Covid-19 e recursos humanos. Essas ferramentas permitem que os funcionários relatem sintomas, saibam se devem ou não retornar ao trabalho naquele dia e descobrem a melhor hora de chegar ao escritório para evitar aglomerações.

Este momento é de fato um desafio. Mas também é uma chance de emergir de forma mais inteligente, de aplicar as lições aprendidas nos últimos meses na construção de um futuro seguro e próspero para as empresas e funcionários.

O retorno dos profissionais ao trabalho, com a mais alta consideração por sua saúde e segurança, é o primeiro passo essencial.

*Joaquim Campos, Vice-presidente de Cloud and Cognitive Software da IBM Brasil

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