Entidades apelam a governadores para atendimento prioritário aos profissionais de limpeza urbana em meio à pandemia

Sindicato Nacional também solicitou ao Ministério da Saúde que os garis tivessem prioridade na testagem do coronavírus em unidades de saúde, mas pedido ainda não foi apreciado.

Foto: Divulgação

Diante da ausência de resposta do Ministério da Saúde, as entidades ABETRE, ABLP e SELURB, entre outras ações para garantir a continuidade do serviço de limpeza urbana, reforçaram ao Governo Federal o pedido de atendimento prioritário aos trabalhadores do setor em meio à pandemia de COVID-19, redirecionando o mesmo apelo a todos os governadores e secretarias estaduais de Saúde.

Logo no início das ações de isolamento social nas principais cidades do país, o SELURB solicitou diretamente ao ministro Luiz Henrique Mandetta que os trabalhadores da limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos tivessem prioridade na testagem para detecção do vírus caso se apresentassem a unidades de saúde com sintomas da doença. “Os testes estão sendo limitados por conta da indisponibilidade de kits para diagnóstico, por isso esperamos que com a chegada dos novos kits comprados, o Ministério da Saúde defira o pedido”, pondera o presidente da entidade, Marcio Matheus.

“Os profissionais estão trabalhando normalmente desde o início da pandemia e precisam de uma garantia por parte do poder público de que terão atenção de saúde prioritária em caso de suspeita de contágio, tanto para não terem que se afastar da atividade até o resultado, quanto para poderem se tratar de imediato e não propagarem o vírus entre a população em geral e os colegas de trabalho em particular, pois a interrupção do serviço geraria ainda maiores prejuízos para a salubridade pública nesse momento”, comenta Matheus.

João Gianesi, presidente da ABLP ressalta que os governos e secretários estaduais já estão tomando a frente em várias iniciativas no combate à pandemia, tendo, além de melhor percepção do problema, a autoridade necessária para determinar esta medida de proteção. “Os gestores locais estão mais próximos à realidade dos municípios e sabem dos riscos inerentes ao comprometimento dos serviços de limpeza pública”, afirma Gianesi.

Segundo Luiz Gonzaga, presidente da ABETRE, os trabalhadores já estão recebendo as instruções necessárias por parte das empresas e das entidades setoriais para se protegerem neste momento. No entanto, o amparo solicitado ao poder público nesta situação é indispensável para que os quase 360 mil profissionais da limpeza urbana e manejo dos resíduos continuem contribuindo para a consecução de um meio urbano limpo e saudável em meio à crise.

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