Sites de apostas como Sportingbet entram no Brasil por meio dos clubes

Empresas podem entrar no vácuo deixado pela Caixa Econômica Federal desde 2018, quando decidiu não mais patrocinar times de futebol

Após dois anos, a regulamentação de sites de apostas esportivas, como o Sportingbet, vem chegando aos últimos ajustes no Brasil, o governo federal já manifestou sua vontade de finalizar o projeto em março. Após três consultas públicas, duas em 2019 e uma em 2020, o país encaminha o processo iniciado pelo ex-presidente Michel Temer em 2018.

Os times de futebol do campeonato nacional se apresentam como possíveis beneficiários da medida já os torcedores representam um público alvo valioso. As equipes vêm sendo patrocinados por sites de aposta em todo o país desde a ação do ex-presidente em 2018.

Foto: Priscilla Du Preez

O projeto de lei (Lei 13.756/18) está nos últimos ajustes, já existem requisitos para apostadores — devem ser maiores de 18 anos — e também operadores que precisam de uma reserva de R$ 6 milhões, uma coleta mensal para o governo e os envolvidos não podem ter sido condenados por algum crime nos últimos oito anos.

O modelo é de concessão pública e as autorizações devem ser limitadas a 30 operadoras. O modelo de aposta legalizado é apenas o de “quota fixa” — em que o apostador sabe quanto vai ganhar previamente em caso de acerto.

Antes da regulamentação, o mercado de apostas esportivas já movimentava R$ 4 bilhões por ano de acordo com pesquisa do Ibope. O crescimento do mercado nacional é uma realidade, assim como a promessa de que os maiores grupos internacionais cheguem ao Brasil com a conclusão da regulamentação esperada para maio.

Outro atrativo a investidores é a exclusão da obrigatoriedade de que a Caixa Econômica Federal seja a administradora das plataformas.

Para os clubes de futebol, tal novidade apresenta um respiro para os setores de marketing. Desde 2018, a Caixa Econômica Federal, que patrocinava 14 dos 20 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro, definiu que não seria mais patrocinadora das equipes e os setores de marketing tiveram que se reinventar em todo o país. A expectativa é que as empresas de apostas esportivas ocupem esse vácuo.

Atualmente, apenas o Fortaleza e o Goiás têm patrocínio máster de empresas do setor. Porém, no fim de 2019, 13 dos 20 times da elite do futebol brasileiro eram patrocinadas por sites de apostas esportivas como publicado pelo portal de notícias UOL Esportes. A tendência é que este número cresça e que o mercado publicitário do futebol seja seriamente transformado.O mercado também se mostra atento, com a queda de Cruzeiro, CSA e Avaí — todos patrocinados por empresas de apostas esportivas — o setor se moveu para manter sua presença maciça na Série A firmando contratos com clubes que subiram da segunda divisão. São eles, Red Bull Bragantino, Sport e Atlético Goianiense.

Com a paixão vibrante do torcedor brasileiro, a tradição do mercado futebolístico nacional e a conclusão da regulamentação das apostas esportivas, o Brasil é a bola da vez no assunto. O ano de 2020 apresenta alto potencial de crescimento para empresas nacionais e também internacionais.

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