10 KM Tribuna FM-Unilus, uma corrida com muita história para contar

São 34 anos de história ininterruptos! Se nessas três décadas um momento tiver de ser destacado como o principal nessa grande trajetória, as opiniões serão diferentes. São várias situações e conquistas a serem lembradas. O crescimento contínuo do público, as vitórias emblemáticas – e não foram poucas – e os grandes nomes presentes.

Uma das maiores corridas do País, a principal na distância 10 km, com certeza, os 10 KM Tribuna FM-Unilus já começa grande para a época e até hoje a prova impressiona, sobretudo pela grande participação popular, tanto nos famosos pelotões, as equipes formadas por academias, clubes, empresas, quanto pelo público assistindo o evento.

Marilson Gomes dos Santos – Foto: FMA Notícias/Divulgação

Na parte competitiva, a história é repleta de grandes personagens, incluindo os maiores nomes das corridas de rua do País. Ícones como Ronaldo da Costa, Vanderlei Cordeiro de Lima e Marilson Gomes dos Santos garantiram conquistas marcantes. Ronaldinho foi bicampeão antes mesmo de ser o melhor do Mundo nas maratonas, Vanderlei venceu, bateu o recorde, que durou 14 anos, comemorando com o famoso “aviãozinho” e Marilson alcança a marca de seis vitórias.

A prova também é conhecida como a mais rápida do Brasil, por seu percurso totalmente favorável, plano, ao nível do mar, feito em grandes retas e vias largas, e os atletas tendo o incentivo constante dos espectadores. Os recordes falam por si, com incríveis 27 minutos e 22 segundos no masculino e 30min57s, entre as mulheres.

Em 1986, a corrida já começa grande para a época, com 950 inscritos, 600 largando e 447 concluintes. E de lá para cá, foi ganhando força, impulsionado pela divulgação no jornal A Tribuna, rádio Tri FM e depois TV Tribuna e agora o G1 Santos e região, criando um clima de disputa de alto nível e de participação popular. O ápice foi em 2015, com 21 mil participantes.

Ednalva Lauriano ‘Pretinha’ – Foto: FMA Notícias/Divulgação

Nos 34 anos de disputa, foram vários momentos especiais. Em 1992, a prova já tinha 1.322 participantes, um número significativo para a época. O crescimento, sempre de forma planejada para que a estrutura atendesse bem a demanda, foi seguindo. Um passo importante aconteceu em 1993, ao surgir o que se tornou tradição e até hoje é uma das grandes atrações do evento entre os amadores, os famosos pelotões.

Já na elite, todos os grandes atletas brasileiros das corridas de rua não só participaram como fizeram história. Os primeiros campeões foram Cláudio Ribeiro e Rosa Maria Leal. Nas oito edições seguintes, dois nomes se destacaram, com tricampeonatos: Silvio Maia e Leone Justino, com o último triunfo santista na prova, ainda em 1994. Odiles Marçal e Magali Aparecida também fizeram bonito, cada um com dois primeiros lugares.

E foi justamente no último ano que um representante de Santos subiu no lugar mais alto do pódio que a prova começa a ganhar projeção. Vindo de vitória na Maratona de Boston, Luiz Antonio dos Santos “abriu” o caminho para a prova se tornar reconhecida nacionalmente, ao ganhar os 10 KM Tribuna FM em 94. Foi o primeiro atleta a completar a prova abaixo dos 30 minutos, com 29min24s.

 A partir daí os principais atletas passaram a ver a corrida de Santos como um objetivo. Ronaldo da Costa, que já teve a melhor marca em maratonas do Mundo, fatura o bicampeonato nos dois anos seguintes, em 95 e 96, e logo em 97 foi a vez de Vanderlei vencer e mostrar que os melhores haviam descoberto a disputa, ao estabelecer o recorde, com incríveis 28min01s.

Tatiele Roberta de Carvalho – Foto: Alexsander Ferraz

Eram os principais corredores do Brasil reconhecendo a organização, o percurso, a qualidade da prova. Essa constatação fica mais evidente com a primeira vitória internacional logo em 98, com a equatoriana Martha Tenório, que já era famosa no Brasil pela vitória na São Silvestre.

No ano seguinte, Martha repetiu o título e o Uruguai Nestor Garcia foi o vencedor, na primeira dobradinha estrangeira em Santos. O ano de 99 também foi marcante, pela estreia do atleta que viria a ser o maior nome da história dessa corrida, Marilson Gomes dos Santos, já mostrando seu potencial logo com o segundo lugar.

AFRICANOS – Na 15ª edição da prova, no ano 2000, os africanos começam a engrandecer ainda mais a trajetória dos 10 KM Tribuna FM-Unilus, com o carismático angolano João Ntyamba abrindo o caminho. Naquele ano o primeiro atleta do Quênia corre a prova, Willian Mysyoke, terminando em sexto lugar.

Em 2001, Leah Kiprono foi a primeira queniana campeã, iniciando uma incrível série de nada menos que 21 primeiros lugares, dez masculinos e 11 femininos. De lá para cá, os africanos já somam 26 vitórias em 68 títulos da corrida. Além de Angola e Quênia, Tanzânia e Uganda, já chegaram ao lugar mais alto do pódio.

Luiz Antônio – Foto: FMA Notícias/Divulgação

Ainda em 2001, a prova chega a 5,5 mil inscritos e continua crescendo. Em 2003, outra decisão importante da organização, o evento passa a ter data fixa, sempre no terceiro domingo de maio, um domingo depois do Dia das Mães, para que atletas possam se programar.

Em 2007, mais uma importante personagem feminina da prova entra de vez para a história. A paraibana Ednalva Lauriano, a Pretinha, chega ao tetracampeonato na elite. Até então, nenhum atleta havia comemorado quatro conquistas na prova.

O HEXA – Já em 2011, Marilson chega ao respeitado hexacampeonato e bate o recorde, com 27min59s. A queniana Eunice Kirwa baixa o seu recorde feminino para 32min07s, com o tricampeonato entre as mulheres. Também foi estabelecido o percurso atual, que se torna ainda mais rápido, com a utilização da Avenida Rangel Pestana, logo após o túnel, passando pela Arena Santos, para chegar à Avenida Ana Costa, com uma reta larga, ao invés de várias curvas e ruas estreitas.

O ano foi de mudanças, com a largada em “ondas” para facilitar o fluxo no início da disputa. O evento passa a ter o patrocínio master do Centro Universitário Lusíada (Unilus), dividindo o nome do evento, que passa a ser chamado 10 KM Tribuna FM-Unilus.

Em 2012, o percurso que já tinha a fama de ser o mais rápido do Brasil ganha projeção mundial com a incrível vitória da queniana Paskalia Kipkoech, estabelecendo o recorde, com incríveis 30min57s. Foi o segundo melhor tempo do mundo naquele ano, segundo registro da Federação Internacional de Atletismo.

Foi também a edição da primeira dobradinha queniana na prova, com Mark Korir sendo o melhor no masculino. A prova segue se estruturando, crescendo e passa a ter a inscrição feita exclusivamente pela internet.

A marca mais rápida também passa para os quenianos em 2013, com a primeira das duas vitórias de Edwin Kipsang Rotich cruzando a linha de chegada em 27min45s. Em 2017, o Brasil volta a brilhar, com a vitória de Tatiele Roberta de Carvalho, depois de uma hegemonia africana de oito anos na prova feminina.

O recorde masculino troca de pés em 2018, segue no Continente Africano, mas vai para Uganda, com Maxwell Kortek Rotich, vencendo com 27min22s. Já entre as mulheres, Paskalia volta a Santos e comemora o bicampeonato, com 32min15s. No ano passado, o Quênia volta a fazer uma dobradinha, depois de quatro anos, com Nicolas Kiptoo Kosgei e Esther Chesang Kakuri.

INSCRIÇÕES – O 35º 10 KM Tribuna FM-Unilus está confirmado para o dia 17 de maio, pelas ruas de Santos, com largada no Centro e chegada na Praia do Gonzaga, com os dois últimos quilômetros numa reta pela orla. As inscrições devem ser feitas exclusivamente pelo site www.atribuna.com.br/eventos/10-km.

A taxa é de R$ 111,00, sendo que além do titular do Clube do Assinante A Tribuna, os idosos (60 anos em diante) pagam metade desse valor. Quem escolher o Pelotão Premium, largando junto com a Elite A masculina, a inscrição é de R$ 398,00. Todos os inscritos ganharão camiseta, sacochila e viseira na retirada do kit, além da medalha de participação, ao completar o percurso.

Mais informações sobre o 35º 10 KM Tribuna FM-Unilus pelo e-mail trieventos@grupo-tribuna.com.

TODOS OS CAMPEÕES DOS 10 KM TRIBUNA FM-UNILUS

34ª edição – 2019

Nicolas Kiptoo Kosgei (Quênia) – 28min41s

Esther Chesang Kakuri (Quênia) – 33min27s

33ª edição – 2018

Maxwell Kortek Rotich (Uganda) – 27min22s (recorde)

Paskalia Chepkorir Kipkoech (Quênia) – 32min15s

32ª edição – 2017

Paul Kipkorir Kipkemoi (Quênia) – 28min27s

Tatiele Roberta de Carvalho – 33min30s

31ª edição – 2016

Paul Kipkorir Kipkemoi (Quênia) – 28min55s

Failuna Abdi Matanga (Tanzânia) – 32min48s

30ª edição – 2015

Edwin Kipsang Rotich (Quênia) – 28min20s

Nancy Jepkosgei Kiprop (Quênia) – 32min28s

29ª edição – 2014

Joseph Kachapin Aperumoi (Quênia) – 28min17s

Nancy Jepkosgei Kiprop (Quênia) – 32min13s

28ª edição – 2013

Edwin Kipsang Rotich (Quênia) – 27min45s

Nancy Jepkosgei Kiprop (Quênia) – 32min36s

27ª edição – 2012

Mark Korir (Quênia) – 28min01s

Paskalia Kipkoech (Quênia) – 30min57s (recorde)

26ª edição – 2011

Marilson Gomes dos Santos – 27min59s

Eunice Kirwa (Quênia) – 32min07s

25ª edição – 2010

Marilson Gomes dos Santos – 28min18s

Eunice Kirwa (Quênia) – 33min04s

24ª edição – 2009

Marilson Gomes dos Santos – 28min16s

Eunice Kirwa (Quênia) – 32min52s

23ª edição – 2008

Joseph Kibiott Ngetich (Quênia) – 28min47s

Fabiana Cristine da Silva – 34min10s

22ª edição – 2007

Lawrence Kiprotich (Quênia) – 28min06s

Ednalva Lauriano – 33min12s

21ª edição – 2006

Marilson Gomes dos Santos – 28min27s

Bertha Oliva Sanches (Colômbia) – 33min23s

20ª edição – 2005

Marilson Gomes dos Santos – 28min30s

Margaret Karie (Quênia) – 33min56s

19ª edição – 2004

Benson Cherono (Quênia) – 28min10s

Ednalva Lauriano – 33min22s

18ª edição – 2003

Marilson Gomes dos Santos – 28min18s

Ednalva Lauriano – 33min25s

17ª edição – 2002

João Ntyamba (Angola) – 28min50s

Ednalva Lauriano – 33min16s

16ª edição – 2001

João Ntyamba (Angola) – 28min24s

Leah Kiprono (Quênia) – 33min44s

15ª edição – 2000

João Ntyamba (Angola) – 28min27s

Fabiana Cristine da Silva – 33min22s

14ª edição – 1999

Nestor Garcia (Uruguai) – 28min15s

Martha Tenório (Equador) – 33min09s

13ª edição – 1998

Valdenor dos Santos – 28min26s

Martha Tenório (Equador) – 32min57s

12ª edição – 1997

Vanderlei Cordeiro de Lima – 28min01s

Carmen de Oliveira – 33min47s

11ª edição – 1996

Ronaldo da Costa – 28min20s

Marcia Narloch – 33min49s

10ª edição – 1995

Ronaldo da Costa – 28min14s

Roseli Machado – 32min12s

9ª edição – 1994

Luiz Antonio dos Santos – 29min25s

Leone Justino – 35min50s

8ª edição – 1993

Odiles Marçal – 30min30s

Leone Justino – 37min26s

7ª edição – 1992

Odiles Marçal – 30min46s

Sonia Maria Marques – 36min50s

6ª edição – 1991

Silvio Maia – 31min12s

Leone Justino – 38min38s

5ª edição – 1990

Silvio Maia – 31min09s

Magali Aparecida – 38min38s

4ª edição – 1989

José Gama Ribeiro – 34min54s

Magali Aparecida – 38min02s

3ª edição – 1988

Silvio Maia – 30min20s

Elisabeth Ribeiro – 40min14s

2ª edição – 1987

José Milton dos Santos – 41min47s

Luiza Felix do Nascimento – 50min29s

1ª edição – 1986

Cláudio Ribeiro – 30min53s

Rosa Maria Leal – 37min00s

EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE INSCRITOS

2019 – 20.000

2018 – 17.578

2017 – 20.431

2016 – 20.111

2015 – 21.026

2014 – 19.841

2013 – 18.172

2012 – 16.500

2011 – 16.000

2010 – 15.000

2009 – 15.000

2008 – 14.000

2007 – 12.500

2006 – 12.000

2005 – 11.500

2004 – 10.000

2003 – 7.000

2002 – 6.000

2001 – 5.500

2000 – 4.395

1999 – 4.500

1998 – 4.100

1997 – 3.739

1996 – 3.537

1995 – 3.000

1994 – 1.800

1993 – 1.547

1992 – 1.322

1991 – 708

1990 – 400

1989 – 400

1988 – 200

1987 – 400

1986 – 950

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