Professor da FGV EMAp ressalta que coronavírus possui grau de contagiosidade moderado e que a epidemia na China está em declínio

Foto: Divulgação

O professor da Escola de Matemática Aplicada da Fundação Getulio Vargas (FGV EMAp) Claudio Struchiner afirmou que o coronavírus possui grau de contagiosidade moderado e que os focos fora da China e alguns países vizinhos, como Coréia do Sul e Japão, refletem este padrão moderado conforme os dados disponíveis até a data da sua entrevista para o Bate-Papo FGV http://www.youtube.com/watch?v=r51cui7JlPg, em 20 de fevereiro. “Quanto à dinâmica de transmissão, essa epidemia é compatível com as anteriores.

Existe um número que mede a contagiosidade, representada pela quantidade de novos casos gerados a partir de um caso. Se for maior do que 1, caracteriza uma fase de expansão da doença. Se for menor que um, indica uma fase de retração. Os cálculos atuais para o coronavírus estimam um R0 de aproximadamente 2,5, o que o coloca em uma posição de moderação. Outras doenças, como as comuns da infância, a exemplo da rubéola, são da ordem de 10; e doenças como a malária em regiões hiperendêmicas, observadas em quadros recentes, chegaram a mil”, afirma o pesquisador, que é médico com doutorado em Dinâmica Populacional de Doenças Infecciosas, pela Universidade de Harvard.

O quadro geral, de acordo com o prof. Struchiner e os dados disponíveis até a data da entrevista, é de controle da doença. “As informações que se tem sobre contaminação mostram que a doença se dá por meio do contato com gotículas, contato próximo com o indivíduo infectado ou com superfícies contaminadas. A contaminação ocorre principalmente em sua fase sintomática, mas pode acontecer também na fase de incubação, o que torna o controle da sua disseminação mais difícil”, explica o pesquisador. A prevenção é a melhor forma de evitar a doença, uma vez que o desenvolvimento de uma vacina demoraria muito tempo até ficar disponível. “Existem vacinas para influenza e gripe comum. As pessoas devem se vacinar”, recomenda o prof. Struchiner, ressaltando que há uma superposição de sintomas entre o coronavírus e a influenza, mas a principal diferenciação do coronavírus é a gravidade do quadro respiratório provocado por esse novo vírus.

Fonte: Insight Comunicação

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