Em Fernando de Noronha, irmãos Dantas fazem semifinal no Elétron Energy apresenta Oi Hang Loose Pro Contest

QS 5000 termina domingo na Praia da Cacimba do Padre e Jadson André pode ser o primeiro bicampeão na Ilha

Uma bateria em família será um dos grandes destaques no sexto e último dia do QS 5000 Elétron Energy apresenta Oi Hang Loose Pro Contest, neste domingo (16), na Ilha de Fernando de Noronha. Novo líder do ranking mundial Qualifying Series e vindo de vitória em Pipeline, no Havaí, Wiggolly Dantas enfrentará seu irmão mais novo, Weslley Dantas na primeira semifinal do evento, na Praia da Cacimba do Padre.

Na outra bateria que definirá o segundo finalista, o atual campeão do evento, Jadson André terá pela frente o marroquinho Ramzi Boukhiam, que já está classificado para os Jogos Olímpicos de Tóquio e foi vice-campeão mundial pro-júnior em 2013, em Santa Catarina, no Brasil. Já a grande estrela da competição, Filipe Toledo, começou surfando muito bem no sábado, garantiu a maior média até agora, 16,67, nas oitavas, mas foi superado por Weslley nas quartas, ficando em quinto lugar.

Wiggolly e Weslley Dantas – Foto: Fabio Maradei

A vitória na etapa garante 5 mil pontos no ranking e US$ 15 mil, de um total de US$ 100 mil. As disputas têm início às 9 horas, com transmissão ao vivo pelo site www.worldsurfleague.com. Neste sábado, foram finalizadas as duas baterias do round 3, as oitavas e as quartas (essas duas fases em sistema homem x homem).

Classificados para a semi, os dois irmãos garantem que o fator família não influenciará no mar. “Sei que em casa vai estar dividido, mas é muito importante para a minha carreira estar liderando o ranking e vou com tudo na semifinal, mesmo sendo o meu irmão. É o meu trabalho, quero fazer final e quero vencer aqui em Noronha, que vai ser sensacional. Meu foco é ganhar mais uma etapa e ampliar a liderança do ranking”, afirma Guigui, como é conhecido, que venceu uma etapa QS 5000 no Havaí e já integrou a elite mundial de 2015 a 2017.

Weslley também não quer aliviar e sonha vencer pela primeira vez o irmão. Os dois já se enfrentaram duas vezes no QS, no Chile e na África do Sul, ambas vencidas pelo mais velho. “Passei pelo Filipe, um cara difícil, um dos melhores do Mundo e vou jogar duro na semi. Para ganhar de mim vai ter de surfar muito, não importa se é irmão”, afirma o surfista, que já foi campeão mundial júnior.

Daniel e Diego – Foto: Fabio Maradei

Na outra semi, Jadson André pode ser o primeiro bicampeão deste evento em Fernando de Noronha, mas ele descarta a pressão. Nas quartas-de-final ele superou Samuel Pupo, que nas oitavas já tinha superado outro campeão de Noronha, Alejo Muniz. “É o que mais ouço a galera falar. Obviamente eu quero mais do que qualquer um. Estou muito feliz de passar as baterias e surfar a Cacimba sozinho. Estou feliz e a energia está incrível de novo”, comentou Jadson, que está de volta ao CT em 2020.

Já Ramzi Boukhiam sonha garantir sua primeira vitória no QS. Ele superou nas quartas-de-final o pernambucano Ian Gouveia, que vinha surfando muito bem na Cacimba. O marroquino garantiu vaga para os Jogos Olímpicos de Tóquio e tem uma particularidade, fala quase fluente o idioma português, além do francês, árabe e o inglês. “Aprendi com um treinador brasileiro que tive, o Yannick Beven. Sempre viajava, passei um tempo no Rio de Janeiro e Niterói e viajei muito com amigos brasileiros”, explicou.

Na verdade, Ramzi nasceu na Holanda, mas sua mãe já morava no Marrocos e ele logo se mudou para o país africano. Em sua país é uma espécie de ídolo em sua modalidade. “Acho que sim, não sei. Eu quero ser um exemplo, porque temos muitos talentos e atletas jovens que não tem condições, não têm patrocínios, como aqui”, destacou o atleta, que sabe da importância de estar na Olimpíada. “Vai ser incrível para mim, para o meu país, minha família e para o surf marroquinho. É algo muito grande. Primeira vez que teremos o surf e com um marroquinho. Só dois africanos, eu e Jordy (Smith)”, ressaltou.

Fora do mar, os atletas contam com uma retaguarda médica e fisioterápica, no Espaço Elétron Energy. O médico do esporte, Diogo Vilar, com experiência nos Jogos Olímpicos do Rio 2016, e o fisioterapeuta Daniel Monteiro, atendem os competidores, inclusive na prevenção. A Oi também criou um espaço vip para convidados acompanharem de perto as emoções da etapa.

O Elétron Energy apresenta Oi Hang Loose Pro Contest é uma realização da World Surf League (WSL) com patrocínios da Oi e Elétron Energy, através da Lei de Incentivo ao Esporte, do Governo de Pernambuco, tendo como proponente o Instituto Incentiva, e da Hang Loose.

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