Pequena Central Hidrelétrica é apresentada como alternativa para amenizar problemas no Rio Taquari

Produtores rurais vão elaborar plano de ação junto à Famasul para amenizar impactos ambientais

As questões ambientais ligadas ao assoreamento do Rio Taquari que se arrastam por décadas, sem alternativas concretas, fez com que produtores rurais, representantes do setor e técnicos se reunissem nesta quinta-feira (23), na sede do Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho (SRCG). O investimento privado em Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) foi apresentado como alternativa para amenizar impactos.

Foto: Divulgação

“A ideia é incentivarmos o investimento privado, mas com o apoio do Estado. Assim conseguimos trabalhar no tratamento das bacias hidrográficas, com a PCH, um tipo de barragem pequena, com certo desnível que bloqueia parte da sedimentação. Com isso beneficiamos diretamente o planalto e amenizamos impactos à planície, além de proporcionar empregos, arrecadação para o Estado e renda ao produtor rural, um tripé fundamental para o sucesso na preservação do ambiente”, explica o presidente do SRCG, Alessandro Coelho.

A alternativa foi apresentada pelo técnico Pedro Dias, da Associação Brasileira de PCHs e CGHs. Também participaram da reunião representantes da BPW, Famasul, OAB/MS, Agwa Soluções Sustentáveis e Imasul.

Representando a BPW, a produtora rural Terezinha Cândido, explicou que toda proposta para evoluir nas questões ambientais, são bem vindas. “Precisamos fazer alguma coisa. Estamos dispostos a nos reunir e começarmos a dar passos para frente. Temos um diferencial nesse momento, um governo com intenção de fazer alguma coisa pela produção e pelo meio ambiente, a fim de sair do discurso e partir para atitude”, pontua Terezinha.

O ex-deputado estadual, Júnior Mochi, também participou da reunião e elencou os principais problemas. “Áreas degradadas, manejo inadequado do solo e a falta de matas ciliares causam o problema. Um professor certa vez me falou que o Rio Taquari nasceu para ser assoreado, mas em seu processo natural, uma vez que ele nasce no planalto e desce para a planície, como difluente. Mas o homem acelerou esse processo. Soluções práticas e concretas, não aconteceram até o momento”.

Representando o Governo do Estado, via Imasul, Ricardo Eboli, destacou que isso só vai se resolver quando houver um programa específico para a problemática. “Precisamos de um grupo perene, técnico e criar consciência sobre as questões técnicas. Estamos em um momento fácil para mexer, com pouco recurso conseguimos. E qualquer iniciativa neste momento, é bem-vinda”, sinalizou Éboli.

Todos que participaram da reunião contribuirão para o plano de ação que será apresentado à Famasul, com a finalidade de dar andamento em estágio estadual e legal.

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