Qual a idade do seu dente?

Não apenas os cabelos e a pele precisam de cuidados preventivos. No Dia da Saúde Bucal, saiba que novas tecnologias e cremes dentais previnem a aparência de dente envelhecido

Foto: Divulgação

São Paulo (SP) – Pode parecer difícil, mas é possível saber, olhando no espelho, qual é a idade que o dente aparenta. Especialistas explicam que o dente de pessoas jovens, de 20 a 35 anos, deve ser rígido, ter uma ponta translúcida, e a engrenagem perfeita entre os dentes superiores com os inferiores, quando só os caninos se encostam e os outros dentes não, quando se fecha a boca. Essa condição só acontece quando possuímos o esmalte do dente rígido ou preservado.

Já um dente envelhecido tem manchas e as pontas desgastadas, condição que deveria aparecer em pessoas com mais de 55 anos de idade, mas está se tornando cada vez mais comum nos dias atuais, com o aumento no número de pessoas com dentes com mais idade biológica (aparência) do que a compatível com a idade real do indivíduo.

Isso se explica, segundo especialistas, pela falta de conhecimento sobre produtos específicos que podem endurecer o esmalte do dente e, ainda, pela falta do hábito da limpeza e consultas nas quais se analisa: o índice de placa bacteriana, a saúde da gengiva, da mordida e da mastigação.

O que um dente envelhecido causa?

dente envelhecido é aquele que tem a dentina exposta e as pontas desgastadas. Com o tempo, pela exposição da dentina, o dente envelhecido começa a manchar, apresentando a coloração amarela e depois marrom, muito por causa dos corantes do que comemos. Além disso, pela perda do volume do esmalte, eles vão se movimentando e os dentes de baixo invadem o espaço dos dentes de cima, começando a “lixar” e desgastar toda a arcada — pesquisas apontam que mais de 90% das pessoas, no mundo inteiro, apertam ou rangem os dentes, o que potencializa o desgaste.

É um processo sem fim. Em cinco anos, por exemplo, um dente que tem uma pequena retração de gengiva, se não for tratado, pode ter a dentina muito mais exposta e pigmentada. O perigo não é a estética, mas o colapso bucal.

A boa notícia é que existem novas pastas dentais – compostas por fluoreto de amina – que ajudam a endurecer o esmalte do dente. Para os mais sensíveis, hoje existe a tecnologia CalSeal, desenvolvida para melhorar a resistência a alimentos ácidos, ideal para pacientes com sensibilidade. E para quem perdeu a guia de proteção dos caninos, o especialista conta que é possível restaurá-las com fragmentos de porcelana, devolvendo o esmalte e ajustando novamente o nivelamento dos dentes. “Não existe uma idade certa para os dentes começarem a sofrer desgaste. Realizar limpezas e a rotina de cuidados a cada seis meses, pode fazer com que você previna qualquer envelhecimento precoce do dente”, reforça.

Para Kyrillos, o alerta para o Dia da Saúde Bucal é que: o fato de termos essa engrenagem bucal perfeita na juventude (quando só os caninos se encostam e todos os outros dentes não se tocam), não nos garante um sorriso saudável com o passar dos anos, mesmo que o indivíduo não tenha cárie ou outra doença. “O ritmo de vida atual impõe mais tensão na mordida que, aliada ao uso de pastas dentais clareadoras (que são mais abrasivas) sem a recomendação adequada, ou de escovas de cerdas muito duras e alimentação ácida, causam o desgaste do esmalte. É preciso ficar atento”, frisa.

5 Dicas para preservar a idade biológica do dente

  1. Evitar fazer refeições com alto índice de acidez e escovar os dentes imediatamente. É indicado esperar 30 minutos para escovar os dentes depois de consumir ácidos, evitando, assim, a ação abrasiva das pastas dentais na superfície ainda amolecida do dente.
  1. Evitar bebidas ácidas antes de dormir, quando os efeitos protetores da saliva estão reduzidos.
  1. Usar placa protetoras para dormir e em momentos que desencadeiam tensão entre os dentes (durante exercícios físicos, por exemplo). Essa proteção é fundamental para prevenir o grande malefício de perda de volume de esmalte.
  1. Priorizar o fio dental e a boa escovação para evitar a pigmentação e as manchas dentais e as inflamações de gengiva.
  1. Ficar alerta: a gengiva não deve sangrar jamais. Se sangrar, é forte indício de alguma doença.

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