Alimentação saudável na gestação diminui índices de obesidade infantil

Doenças associadas ao excesso de peso têm sido um dos maiores desafios do sistema de saúde nas últimas décadas.

Já chega a 75 milhões o número de crianças consideradas obesas, ou que estejam acima do peso adequado, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Alimentos industrializados ingeridos em grande escala por serem mais acessíveis e fáceis de consumir estão entre as principais causas. Toda essa praticidade da indústria alimentícia vem acompanhada de altos níveis de sódio, gorduras e açúcares, responsáveis por diversos malefícios à saúde.

Assim, a obesidade se tornou alarmante no mundo inteiro. Mais de 50% da população mundial está acima do peso, sendo 41 milhões de crianças. A projeção é de que até 2025, cerca de 2,3 bilhões de adultos ultrapassem o peso ideal.

Segundo Vanusa Boim, nutricionista membro da Doctoralia, quando falamos de obesidade infantil é importante ressaltar que o excesso de gordura corporal traz uma sobrecarga que vai muito além do peso, pois ela está associada ao alto risco de desenvolvimento de diversas doenças de caráter crônico como hipertensão e diabetes. Bons hábitos alimentares da mãe junto ao acompanhamento nutricional desde a gestação são importantes para prevenir a doença. “Como sabemos, essa fase gera influências no peso corpóreo da gestante e consequentemente da criança, portanto, gestantes obesas têm maior risco de terem filhos obesos”, afirma.

Trata-se de uma doença mais complexa do que parece, associada a fatores biológicos, psicológicos e socioeconômicos, por isso, o contexto familiar é altamente relevante para a prevenção. “O ideal é que os responsáveis deem o exemplo, evitando comer as famosas ‘besteiras’ perto das crianças, e proporcionando um cardápio saudável e equilibrado, com verduras, legumes e etc.”, aconselha Vanusa. Incentivar a prática de exercícios físicos e atividades ao ar livre também é essencial para que os pequenos cresçam em uma cultura mais saudável.

Quando há um quadro de obesidade diagnosticado na infância, o tratamento com especialistas é de suma importância para que a reeducação alimentar ocorra da maneira mais salutar possível. Podem estar envolvidos nesse processo, pediatras, endocrinologistas, nutricionistas e até mesmo psicólogos. “Apesar de não ser um processo fácil, o quanto antes se iniciar essa mudança, melhor”, conta Vanusa. A especialista afirma que “pequenas atitudes saudáveis realizadas diariamente podem contribuir de forma bem significativa na prevenção e no controle da obesidade infantil”.

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