A inclusão está alicerçada na garantia do direito à igualdade de oportunidades

Ana Luiza Matos Lopes Sinieghi – Foto: Arquivo Pessoal

A Semana Nacional da pessoa com deficiência intelectual e múltipla foi instituída no ano de 1964, com o objetivo de esclarecer a condição dessas pessoas e colaborar para a desconstrução de preconceitos, divulgação de necessidades e a participação da sociedade para reflexão e inclusão.

A pessoa com deficiência tem uma limitação corporal ou mental que pode afetar aspectos de seu comportamento, que lhe dão um perfil peculiar, porém, sente, pensa e cria, portanto, tem igualmente direitos. Aspira uma relação de verdade e de autenticidade e não de coexistência, conformista e irresponsável.

O preconceito e as diversas formas de rejeição que a pessoa com deficiência intelectual e múltipla são vítimas, somente agravam o problema, que poderia ser resolvido ou pelo menos amenizado. A rejeição pode iniciar na família, com as dificuldades dos pais em aceitar os filhos com suas necessidades. Os pais preocupados com as causas, perdem muito tempo, procurando “culpados”, e não se dedicam à criança. Crianças que recebem o incentivo carinhoso e a estimulação necessária dentro de casa, durante toda vida tendem a ter atitudes positivas nos processos de desenvolvimento e aprendizagem.

No mesmo âmbito, quando se fala em inclusão escolar, não se trata de reunir os diferentes proporcionando um ensino igual para todos, o que leva a uma tentativa de normatização, mas significa proporcionar a todos os alunos, o aprendizado de conviver com a diversidade. A educação inclusiva requer ações que permeiam a personalização do ensino, revisão de práticas escolares excludentes e compromisso no atendimento e tratamento da pessoa com deficiência intelectual.

Há que se envolver os pais no processo de integração escolar e social, uma ação em conjunto com educadores e especialistas, visando ao bem-estar físico, emocional e educacional da criança. A inclusão da pessoa com qualquer deficiência está alicerçada na garantia do direito à de igualdade e de oportunidades sociais e educacionais.

*Ana Luiza Matos Lopes Sinieghi, Missionária e Pedagoga, com especialização em Neurociência e Psicopedagogia

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