No Dia do Comerciante, o Centro de Memória Bunge recupera acervo da atividade no país

De casas comerciais a livros de registros de clientes, o acervo traz documentos que ressaltam a importância da atividade

São Paulo (SP) – No dia 16 julho é comemorado o Dia do Comerciante no Brasil. Para celebrar a data, o Centro de Memória Bunge, um dos mais ricos acervos de memória empresarial do país, destacou entre seus mais de 1,5 milhão de itens, documentos que marcaram a história destes trabalhadores no Brasil.

Considerada uma das atuações mais antigas do mundo, o comerciante tem o papel fundamental de desenvolvimento econômico de uma sociedade, região, estado ou país. Não é possível precisar o momento da história em que a atividade teve início, uma vez que existem registros de troca de objetos sem o uso de moeda, conhecida como escambo, desde a antiguidade. De acordo com a Casa da Moeda do Brasil, os primeiros valores comerciais foram trocados na Lídia, onde atualmente se localiza a Turquia, no século VII a.c.

Foto: Fundação Bunge/Arquivo

No Brasil, o Dia do Comerciante foi instituído em 16 de julho de 1953 pelo Governo Federal, em homenagem ao Visconde de Cairu, Patrono do Comércio Brasileiro, responsável pela criação das primeiras leis que beneficiaram a atividade. O Patrono também teve destaque por sua atuação em prol da abertura dos portos brasileiros ao comércio exterior em 28 de janeiro de 1808, quando foi assinada a Carta Regia pelo rei português D. João VI.

Os documentos do Centro de Memória Bunge mostram que, no Brasil, a Bunge passou a ter relevância no setor comercial quando instalou sua primeira fábrica de moagem de trigo, inicialmente na cidade de Santos (1905), expandindo suas atividades gradativamente pelo país. A empresa inovou o setor ao criar casas comerciais, locais onde era possível a venda aos consumidores finais diretamente da fábrica.

O acervo também mantém o “Livro de Hypotecas”, da década de 20, utilizado por comerciantes e grandes companhias da cidade de São Paulo para controlar empréstimos de valores ou de mercadorias. No documento é possível ter um panorama geral das movimentações e relações comerciais da época.

Foto: Fundação Bunge/Arquivo

Outro item do acervo, o “Livro de Registro dos Clientes”, reúne informações sobre as casas comerciais, comerciantes e distribuidoras de alimentos do País no início do século XX. Nele estão contidas informações como o nome dos responsáveis por cada negócio, a companhia que representavam e suas cidades e regiões de atuação.

A figura dos caixeiros viajantes também marca a celebração da data. Para a venda de produtos longe de seus locais de fabricação, ou seja, grandes capitais, estes profissionais cruzavam o país comercializando roupas, joias e tecidos, fazendo com que a atividade comercial começasse a ganhar peso no interior do país.

A trajetória do setor até aqui passou por diversos avanços nas décadas subsequentes e hoje com a evolução de produtos, sistemas de compras, consumo e de atividades o setor emprega cerca de 10,2 milhões de pessoas. O dado foi divulgado pelo IBGE em sua Pesquisa Anual do Comércio que trouxe dados do setor de 2017 e aponta que no Brasil já são mais de 1,5 milhão de empresas do ramo comercial.

Sobre o Centro de Memória Bunge

Foto: Fundação Bunge/Arquivo

O Centro de Memória Bunge foi criado em 1994 e desde então é um dos projetos da Fundação Bunge. Referência na área de preservação da memória empresarial, o local tem como objetivo a guarda e preservação de documentação histórica, a disseminação do conhecimento e a utilização de seu acervo como um instrumento estratégico de gestão.

Para facilitar o acesso ao público e compartilhar com a sociedade o aprendizado construído, o CMB disponibiliza seu acervo online (www.fundacaobunge.org.br/acervocmb/) e conta com atividades gratuitas como Atendimento a Pesquisas, Exposições Temáticas, Visitas Técnicas e Benchmarking. Além disso, promove as Jornadas Culturais, série de palestras e oficinas gratuitas com objetivo de conscientizar as pessoas sobre a importância da preservação de acervos históricos e patrimoniais.

Sobre a Fundação Bunge

A Fundação Bunge, entidade social da Bunge no Brasil, há mais de 60 anos atua em diferentes frentes com o compromisso de valorizar pessoas e somar talentos para construir novos caminhos. Suas ações estabelecem uma relação entre passado, presente e futuro e são colocadas em práticas por meio da preservação da memória empresarial (Centro de Memória Bunge), do incentivo à leitura (Semear Leitores), do voluntariado corporativo (Comunidade Educativa), do desenvolvimento territorial sustentável (Comunidade Integrada) e do incentivo às ciências, letras e artes (Prêmio Fundação Bunge).

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