Aplicativos investem em segurança para garantir que dados dos usuários não sejam vazados

Apps garantem facilidades, mas também podem oferecer riscos; Saiba como se proteger

É cada vez mais comum ouvir notícias sobre exposição de dados pessoais através de aplicativos. Há pouco tempo, o presidente e fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou uma série de medidas para melhorar a proteção à privacidade de seus usuários, depois que foi revelado que milhares de senhas do aplicativo Instagram tinham sido vazadas. O Whatsapp prometeu o mesmo depois que foram confirmados que dados estavam descobertos.

“O advento dos aplicativos em celulares é, provavelmente, uma das grandes revoluções da Era Digital. Com um simples toque, a tecnologia permite que bilhões se conectem através das redes sociais, quebrando barreiras e preconceitos e unindo interesses em comum”, comenta Otávio Tranchesi, diretor de marketing do Chama, aplicativo que reúne revendedores de botijões de gás a consumidores.

Junto com as facilidades, os riscos também aumentaram, já que para usufruir desses serviços é preciso fornecer importantes dados pessoais. Embora o controle seja naturalmente difícil, pela capilaridade, diversidade e quantidade de informações presentes pela rede, há diversos aplicativos que garantem o sigilo absoluto de dados e que investem em tecnologia de proteção.

É a preocupação da jornalista paulistana Íris Batista, que utiliza aplicativos para quase tudo, mas afirma que sempre verifica os procedimentos de segurança antes de utilizar. “Eu acabo usando sempre os mesmos, porque são aqueles que já conquistaram minha confiança. Como vivo sozinha, muitas vezes não vale a pena, por exemplo, cozinhar. Mas temos que dar endereço, telefone, documento, cartão. É complicado. Por isso sempre me certifico de que aquela tecnologia é verificada”, comenta.

É o caso do próprio Chama: “Uma de nossas principais preocupações na hora de elaborar o aplicativo foi pensar na melhor forma de armazenar os dados, não apenas porque esse é o nosso dever ético, de preservar a individualidade das pessoas, mas também para que os nossos usuários se sentissem confiantes e seguros ao solicitar o gás pelo aplicativo”, afirma Tranchesi.

“Nas redes sociais, por exemplo, em que o estímulo para divulgar informações, como fotos e vídeos de momento privados, é grande, a situação pode ser muito delicada. Já nos apps de serviço, por exemplo, que contém informações ainda mais sensíveis, como o endereço dos usuários e número de cartões de crédito, demanda ainda mais atenção”, atenta o especialista.

Legislação garante privacidade, mas controle é difícil

No Brasil, há uma legislação específica para o assunto, aprovada em 2018. A PLC 53/2018 garante maior controle dos cidadãos sobre suas informações pessoais, já que exige um consentimento explícito para coleta e uso dos dados dos usuários, tanto para empresa como para as operadoras de telefonia e sinal móvel que, até então, davam pouca atenção ao assunto.

A principal dica de Tranchesi, então, continua sendo seguir a velha dica: “todo cuidado é pouco”:

“Na hora de baixar o próximo serviço de entrega, ou a nova rede social da moda, avalie as informações fornecidas e que tipo de proteção é garantida pela empresa, para ter a tranquilidade de compartilhar apenas o que quer que seja visto e utilizar das praticidades do mundo moderno sem medo”.

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