Scheidt mostra evolução e fica a apenas uma posição da medal race em Hyères

Em dia de vento forte, bicampeão olímpico sobe da 15ª para a 11ª colocação na classificação geral da flotilha ouro na Classe Laser da Semana Olímpica de Vela da França. Apenas 13 pontos o tiraram da luta pelo pódio neste sábado (4)

São Paulo (SP) – Robert Scheidt ‘bateu na trave’ na Semana Olímpica de Vela da França. Nesta sexta-feira (3), o bicampeão olímpico encerrou sua participação na flotilha ouro em Hyères subindo para a 11ª colocação, a apenas uma posição da medal race, que será neste sábado (4). A competição francesa reuniu 69 barcos e faz parte da preparação do brasileiro visando a vaga na Classe Laser da equipe nacional que vai disputar a Olimpíada de Tóquio, em 2020.

“Tivemos um dia bem duro, com vento muito forte. Começou 18 nós na primeira regata, subiu para vinte e poucos na segunda e chegou a 25, beirando os 30 nós, na terceira. Fui bem nas duas provas iniciais, ficando em sexto e décimo lugares. Infelizmente, na última, dei uma escorregadinha e poderia ter velejado melhor. Por pouco não estou na medal race, que era o objetivo aqui em Hyères”, explicou o maior medalhista olímpico do Brasil, com cinco pódios, e que tem patrocínio do Banco do Brasil e Rolex e apoio do COB e CBVela.

O bicampeão olímpico Robert Scheidt (Divulgação/ZDL)

Em sua segunda grande competição após mais de dois anos ausente na Classe Laser, Scheidt faz uma avaliação positiva da participação na França. “Foi uma pena não disputar a medal race. O lado positivo é que cresci dentro da competição. Fui melhorando minha velejada, minhas largadas, que estavam um pouco problemáticas. Esse foi um campeonato que comecei meio ruim. Pequei nos dois primeiros dias, mas consegui melhorar. Passei bem perto do objetivo final e preciso melhorar mais. Falta pouco para velejar no top 10, bem pouco”, garantiu o atleta de 46 anos.

Com o sexto, décimo e 14º lugares desta sexta-feira, Robert subiu da 15ª para a 11ª colocação na classificação geral, com 95 pontos perdidos. Apenas 13 pontos separaram o brasileiro da medal race, já que o décimo colocado, o neozelandês Thomas Saunders, fechou a flotilha ouro com 82 pontos perdidos. Neste sábado (4), Scheidt estará na água para a última regata do programa para os velejadores entre a 11ª e 35ª posição na tabela. A liderança continua com o australiano Matthew Wearn, com 14 pontos perdidos.

Rumo a Tóquio/2020 – A Semana Olímpica de Vela em Hyères é a segunda grande competição de Scheidt em seu retorno à campanha olímpica na Classe Laser, após mais de dois anos. A primeira foi o 50º Troféu Princesa Sofia, em Palma de Mallorca, na Espanha, encerrado dia 6 de abril. Robert terminou em 12º lugar, a apenas 12 pontos da medal race.

Depois da competição em Hyères, a programação de Scheidt na escalada rumo a Tóquio/2020 vai incluir mais treinos físicos e técnicos na Itália até julho, quando, a partir do dia 3, disputa o Campeonato Mundial na Classe Laser, que será na mesma raia das regatas da Olimpíada do Japão. Ele ainda deve voltar ao país asiático em agosto, para participar do evento teste dos Jogos.

Retorno à classe olímpica – O Troféu Princesa Sofia e a Semana de Vela de Hyères são os primeiros grandes testes para Scheidt após decidir fazer campanha para a Olimpíada de Tóquio, em 2020, há pouco mais de três meses. O bicampeão olímpico busca a sexta medalha olímpica, a quarta na Classe Laser, na qual acumula os ouros em Atlanta/1996 e Atenas/2004 e uma prata (Sidney/2000). Se conseguir a classificação, Scheidt será o recordista brasileiro em participações em Olimpíadas, com sete no currículo.

Maior atleta olímpico brasileiro

Cinco medalhas:

Ouro: Atlanta/96 e Atenas/2004 (ambas na classe Laser)

Prata: Sidney/2000 (Laser) e Pequim/2008 (Star)

Bronze: Londres/2012 (Star)

180 títulos – 88 internacionais e 92 nacionais, incluindo a Semana Internacional do Rio, o Campeonato Brasileiro de Laser e a etapa de Miami da Copa do Mundo, todos em 2016. Em novembro de 2017, pela Star, conquistou a Taça Royal Thames e, neste domingo, o Paulista de Star.

Laser
– Onze títulos mundiais – 1991 (juvenil), 1995, 1996, 1997, 2000, 2001, 2002*, 2004 e 2005 e 2013

*Em 2002, foram realizados, separadamente, o Mundial de Vela da Isaf e o Mundial de Laser, ambos vencidos por Robert Scheidt

– Três medalhas olímpicas – ouro em Atlanta/1996 e Atenas/2004, prata em Sydney/2000

Star
– Três títulos mundiais – 2007, 2011 e 2012*

*Além de Scheidt e Bruno Prada, só os italianos Agostino Straulino e Nicolo Rode venceram três mundiais velejando juntos, na história da classe

– Duas medalhas olímpicas – prata em Pequim/2008 e bronze em Londres/2012

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Topo