Os 15 argumentos mais manjados na compra e venda de carros, e como não cair neles

Veja aqui como se livrar dessas tentativas de persuasão que estão pra lá de batidas ao fechar negócios

Foto: (Divulgação)

Comprar ou vender um carro seminovo ou usado pode ser tarefa simples para algumas pessoas, mas para muitas outras essa atividade é intimidadora. Embora a arte desse tipo de negociação não seja nova, esse mercado mudou muito.

As razões vão da situação da economia, que fez muitas lojas fecharem ou se espalharem pelas periferias das cidades, passando pela facilitação ao acesso de crédito, o aumento da produção, que derrubou a venda de usados, e a facilidade dos sites de busca na internet.

No entanto, há uma técnica que parece não cair em desuso nunca. São as frases “pérolas” proferidas no momento de negociar um veículo. Muitos desses clichês são mitos, podem ser maliciosos e até mal intencionados. E, quase sempre, são mencionados por ambas as partes interessadas em bater o martelo.

A química Andrea Pontes vendeu um Renault Logan 1.0 Expression 2012, há uma semana, por um valor bem abaixo da tabela, R$ 13.500. O sedã precisava de reparos na suspensão, tinha funilaria feita nas duas portas e estava com 120 mil km rodados. O valor médio nos sites de busca era de R$ 23.708. E na Tabela Fipe o preço era R$ 21.743. Ainda assim, abriu mão da negociação por não ter lá muita intimidade com a área.

“Eu entreguei o carro na mão de um conhecido do meu pai, que trabalha com compra e venda de automóveis, pela facilidade. Determinei um valor mínimo e o carro foi vendido a um terceiro. Eu só deixei o carro com o rapaz porque é conhecido da família. Na hora de fechar negócio, ele disse que não conseguiria pagar mais porque o carro era muito rodado, tinha consertos para serem feitos e, também, porque tinha sido de locadora.”, diz Andrea.

As artimanhas para se conseguir alguma vantagem são muitas. Mas há situações as quais não se pode fugir. Do outro lado do balção, o gerente da Fiat Sinal, Vicente Ramos, explica que uma concessionária não consegue pagar em um carro o mesmo preço que um particular por causa das despesas com nota fiscal, laudo pericial e pela necessidade, muitas vezes, de fazer uma revisão no automóvel. E aconselha ambas as partes interessadas a ficarem atentas, independentemente dos argumentos dos melhores vendedores do mundo.

“Quando o negócio é feito entre pessoas físicas, o vendedor deve checar a situação do comprador. Levantar o CPF da pessoa e ver se ela não tem restrições, protestos, etc. O comprador, além de checar o veículo, precisa também levantar o número do chassi, Renavam, e pesquisar nos sites do Detran e da prefeitura se há multas ou outras irregularidades.”, conta o gerente.

Confira abaixo algumas dessas curiosas expressões que talvez você já tenha visto ou ouvido por aí. E não caia nessas armadilhas!

Nem pra mim nem pra você (negociando valores)

Tem que ficar bom para os dois (assim, sem nenhum interesse)

Vou ali falar com o meu gerente (e voltar com cara de pesar dizendo que foi o máximo que conseguiu)

Estepe nunca rodou (e daí?)

É carro de mulher ou de senhora (que pode ter um filho que usa todos os dias)

O carro é selado – indica que tem todas as soldas intactas (mas e o restante?)

Carro é único dono (a condição não atesta bons cuidados)

Carro é de segundo dono (e se o primeiro era uma locadora?)

Carro tem manual e chave reserva (tá, e além disso?)

Carro está com a mesma família há 20 anos (que tipo de família?)

Estou indo buscar o carro, qual mínimo você faz? (para derrubar o preço antes de ver o carro)

Todas as revisões foram feitas em concessionária (ok, e o modo de uso?)

Me ajuda. Eu não posso pagar o que um particular paga, porque vou revender o carro (me ajuda a lhe ajudar não rola)

É pouco rodado (mas foi bem usado?)

Te dou os tapetes de brinde (mas não deveria ser de série?)

Só consigo segurar esse preço hoje (raramente é verdade)

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