Confraternização de Final de Ano: uma simples festa ou um evento estratégico?

Nesta época do ano, a maioria das empresas convida seus empregados para a sua confraternização, ou seja, para a festa de final de ano.

Estes eventos normalmente são planejados com meses de antecedência, com a preocupação se vai ser uma balada, churrasco, almoço, café ou qualquer outra forma de reunir todos para comemorar.

Mais do que uma festa, é importante entender que este momento tem um sentido muito maior.

A palavra “confraternização” vem de confraternar, ou seja, “exercer confraternidade”, que representa “possuir sentimentos, opiniões ou crenças comuns”, está relacionado com “fraterno”, ou seja, “afetuoso e sentimento de irmãos”.

Portanto, a confraternização representa um momento de congregar de forma fraterna dando à equipe um sentido de união e integração. Esta é uma questão importante, e muitas empresas perdem a oportunidade de entendê-lo como um momento importante para o envolvimento e o compartilhamento de suas crenças e dos desafios futuros. Quando a empresa entende o real significado deste evento, é possível torná-lo estratégico para o seu futuro.

O próprio formato, se o evento será um churrasco, balada, ou almoço, deve ser analisado e discutido com alguns dos empregados para entender em qual situação todos se sentirão mais à vontade em participar, conhecer outros os colegas, fazer contatos importantes com outras áreas, energizar a equipe dando-lhe o sentido de unidade e integração.

Neste momento, não devem existir barreiras como cargos ou funções, mas sim deve ser um ambiente favorável de coleguismo profissional, que possibilite o contato, a descontração e a informalidade do convívio de todos.

É importante destacar que o bom senso e o comportamento social equilibrado devem prevalecer nesses momentos, e deverá continuar permeando todas as relações. Não é porque ficou definida uma festa com fantasias, por exemplo, que poderemos nos comportar como em um carnaval de rua; não é porque a festa é com open bar que vamos beber todas, e etc. Nunca se esqueça que este continua sendo um evento profissional, e com a participação de colegas de trabalho de convívio diário, que merecem todo o nosso respeito.

É preciso relembrar a necessidade de coerência entre o discurso e a prática no comportamento dos líderes e dos empregados durante todo o ano de trabalho, em que esses valores deverão ser percebidos e irão permear a convivência diária e saudável da empresa.

Assim, mais do que uma comemoração, esta é uma ótima oportunidade de integrar todos os empregados para refletir, unir e compartilhar suas crenças e valores, reforçando, assim, a cultura organizacional, que se manifesta por suas práticas, hábitos, comportamentos, símbolos, valores, princípios, políticas e sistemas.

Como um dos elementos de suas práticas e símbolos, a própria festa pode ser conduzida como a comemoração de finalização de um importante ciclo, mas principalmente um ótimo momento de iniciar o futuro, incluindo refletir sobre os erros e acertos, entender os fatores que contribuíram para os resultados, agradecer as parcerias e contribuições durante este percurso e ciclo.

Não é simplesmente a festa pela festa, mas o sentido de contribuição de cada um no processo. É um momento fundamental de reforçar valores e crenças, como o trabalho em equipe, respeito e união de todos, o orgulho de participar e de valorizar aqueles que fazem parte, mas principalmente daqueles que fizeram a diferença e energizá-los para que sejamos no futuro ainda melhor.

Estas reflexões são importantes e farão toda a diferença para o futuro da empresa e de seus profissionais.

Aproveite a festa de final de ano brindando todas as conquistas e compartilhando novos desafios.

Afinal, estamos aqui para crescer sempre e nos alegrar com todos esses momentos, para nos energizarmos frente a novas perspectivas de realização profissional, e fazendo parte desta equipe.

Uma ótima confraternização para todos!!!

*Maria Thereza Rubim Camargo Soares é analista de gestão na área de Gestão de Pessoas na Sabesp – Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, mestre em Administração de Empresas, professora e pesquisadora da Universidade Presbiteriana Mackenzie Alphaville.

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