Robert Scheidt conquista a medalha de prata na Star Sailors League Finals 2018, nas Bahamas

Bicampeão olímpico e o proeiro Henry Boening, o Maguila, terminaram a regata final, neste sábado (8), na segunda colocação. O título ficou com outra brasileira na decisão, Jorge Zarif e Pedro Touche

São Paulo (SP) – Robert Scheidt é vice-campeão da Star Sailors League Finals 2018. Ao lado de Henry Boening, o Maguila, repete o resultado da edição do ano passado da competição que reúne alguns dos melhores velejadores do mundo e tem premiação total de US$ 200 mil. Para garantir a medalha de prata, a dupla brasileira cruzou na segunda posição na regata decisiva disputada na tarde deste sábado (7), na sede no Nassau Yacht Club, nas Bahamas. O título ficou com outro barco brasileiro, com Jorge Zarif e Pedro Touche. Eles foram os mais rápidos também nas quartas-de-final e semifinal realizadas neste sábado. Mais quatro brasileiros disputaram a competição. Lars Grael e Samuel Gonçalves terminaram na nona colocação; Arthur Lopes, proeiro do norte-americano Paul Cayard, acabou em oitavo; e Bruno Prada, proeiro do de Augie Diaz, dos EUA, em 15º lugar.

Disputa entre Scheidt e Jorginho (Marc Roullier / SSL)

Campeão logo na estreia da competição, em 2013, ao lado de Bruno Prada, Scheidt conquista seu segundo pódio na classe Star em um mês. No dia 11 de novembro, no Rio de Janeiro, o bicampeão olímpico levantou o troféu do Campeonato Sul-Americano, tendo Arthur Lopes como proeiro. Neste sábado (8), Robert e Maguila entraram direto na final, sendo poupados das quartas-de-final e semifinal pelo fato de terem encerrado a fase de classificação na liderança. Na regata decisiva, Scheidt largou em terceiro, mas conseguiu ultrapassar o barco do italiano Diego Negri e do alemão Frithjof Kleen e sustentar a vice-liderança até o final.

“O Jorginho (Zarif) estava muito mais rápido. Ganhou duas regatas com bastante vantagem e, na final, largou melhor. Depois que ele e o Pedro (Touche), abriram, minha preocupação e do Henry passou a ser não deixar que o Negri nos ultrapassasse”, explicou o maior medalhista olímpico da história do Brasil, com cinco pódios, que tem patrocínio do Banco do Brasil e Rolex e apoio do COB e CBVela. “Claro que queria o título, mas estou muito feliz com o resultado e com o ano, pois fiz de tudo um pouco. Velejei em várias classes e, embora não tenha ganhado tudo que disputei, fiz bons resultados”, completa, lembrando que competiu também na Laser e na Vela Oceânica.

Regularidade na campanha de Robert e Maguila (Gilles Morelle/ SSL)

Histórico na SSL Finals – Depois da vitória em 2013, Scheidt voltou no ano seguinte, novamente fazendo dupla com Bruno Prada, e ficou em quinto lugar. Em 2016, subiu ao pódio em terceiro lugar, ao lado de Maguila. No ano passado, faturou a medalha de prata, repetindo este resultado em 2018.

Regras do campeonato – Nos quatro primeiros dias, as 25 tripulações correram 11 regatas, todos contra todos, com apenas um descarte. As dez primeiras colocadas permaneceram no campeonato para disputar três regatas no dia decisivo: quartas de final, semifinal e final. Scheidt e Boening, líderes da fase de classificação, foram direto à final. O segundo colocado, Mark Mendelblatt passou para a semifinal. A cada regata da fase decisiva três barcos foram eliminados.

Robert recebe cumprimento pós regata (Gilles Morelle/ SSL)

Classificação final:

1- Jorge Zarif / Pedro Touche (BRA)

2- Roberto Scheidt / Henry Boening (BRA)

3- Diego Negri (ITA) / Frithjof Kleen (ALE)

4- Eivind Melleby (NOR) / Joshua Revikin (EUA)

5- Mark Mendelblatt (EUA) / Brian Fatih (EUA)

6- Mateusz Kusznierewicz (POL) / Dominik Zycki (POL)

7- Xavier Rohart(FRA) / Pierre-Alexis Ponsot (FRA)

8- Paul Cayard (EUA) / Arthur Lopes (BRA)

9- Lars Grael (BRA) / Samuel Gonçalves (BRA)

10- Frederik Loof (SUE) / Edoardo Natucci(ITA)

15 – Augie Diaz (EUA) / Bruno Prada (BRA)

Carreira vitoriosa – Robert Scheidt tem duas medalhas de ouro olímpicas (Atlanta/96 e Atenas/2004) e uma prata (Sidney/2000) na classe Laser, mais uma prata e um bronze na Star (Pequim/2008 e Londres/2012). Ao todo, são 11 títulos mundiais na Laser e três na Star. Na Rio/2016, terminou na quarta colocação. Scheidt tem patrocínio do Banco do Brasil e Rolex e apoio do COB e CBVela.

Scheidt e Boening nas Bahamas (Gilles Morelle/ SSL)

Maior atleta olímpico brasileiro

Cinco medalhas:

Ouro: Atlanta/96 e Atenas/2004 (ambas na classe Laser)

Prata: Sidney/2000 (Laser) e Pequim/2008 (Star)

Bronze: Londres/2012 (Star)

180 títulos – 88 internacionais e 92 nacionais, incluindo a Semana Internacional do Rio, o Campeonato Brasileiro de Laser e a etapa de Miami da Copa do Mundo, todos em 2016. Em novembro de 2017, pela Star, conquistou a Taça Royal Thames e, neste domingo, o Paulista de Star.

Laser

– Onze títulos mundiais – 1991 (juvenil), 1995, 1996, 1997, 2000, 2001, 2002*, 2004 e 2005 e 2013

*Em 2002, foram realizados, separadamente, o Mundial de Vela da Isaf e o Mundial de Laser, ambos vencidos por Robert Scheidt

– Três medalhas olímpicas – ouro em Atlanta/1996 e Atenas/2004, prata em Sydney/2000

Star

– Três títulos mundiais – 2007, 2011 e 2012*

*Além de Scheidt e Bruno Prada, só os italianos Agostino Straulino e Nicolo Rode venceram três mundiais velejando juntos, na história da classe

– Duas medalhas olímpicas – prata em Pequim/2008 e bronze em Londres/2012

Mais informações:

Site: www.robertscheidt.com.br

Twitter: @robert_scheidt

Facebook: Robert Scheidt

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Topo