Star Sailors League Finals começa com tempestade e vitórias brasileiras em Nassau

As duplas Scheidt/Maguila e Lars/Samuca venceram as duas primeiras regatas da SSL Finals. Bruno Prada ganhou a última desta quarta-feira (05) nas Bahamas

Nassau (BAH) – O adiamento das regatas na véspera por falta de vento foi compensado nesta quarta-feira (05) com rajadas de 25 nós, tempestade e adrenalina na Baía de Montagu. A esquadra brasileira soube lidar com as condições meteorológicas de Nassau, nas Bahamas. As duplas Scheidt/Boening e Lars/Samuca venceram as duas primeiras provas da Star Sailors League Finals com vento de oeste a noroeste com cerca de 12 nós (20 km/h).

Na segunda metade da quarta e última regata do dia, a situação se tornou extrema. As rajadas chegaram a 25 nós e uma tempestade momentânea contemplou a vitória de Bruno Prada ao lado do norte-americano Augie Diaz. A raia virou um campo de batalha e uma das vítimas foi o neozelandês Hamish Pepper, que teve o mastro de seu barco quebrado.

Estrago na tempestade (Marc Roullier / SSL)

Após quatro regatas e um descarte, o único do campeonato, Scheidt e Maguila lideram com seis pontos perdidos, dois de vantagem sobre Mendelblat e Fatih. O primeiro objetivo das 25 duplas é de se manterem entre as dez melhores após as 11 regatas da primeira fase. Mais quatro provas estão programadas para esta quinta-feira a partir das 11h (14h de Brasília), ao vivo pelo site: finals.starsailors.com

Samuel Gonçalves, o Samuca, destacou o momento especial dos brasileiros em meio a tempestade na quarta regata. “Se tirássemos os americanos, seria um campeonato nacional, o que comprova o talento do velejador brasileiro em qualquer condição. Foi muito legal”. Os quatro barcos com tripulantes brasileiros se mantiveram à frente da flotilha.

Largada da regata de abertura (Marc Roullier / SSL)

O campeão mundial de Star de 2018, Jorge Zarif é o sétimo colocado geral ao lado de Pedro Trouche. “O Pedro fez o trabalho dele muito bem, mas eu não tive um dia inspirado. Não fui bem na tática, mas com tantas oscilações entre os competidores, o importante é se manter entre os dez”, considerou o parceiro de Pedro Troucher.

“Eu estava nervoso, ansioso pela estreia na SSL Finals. Quando o nível é elevado, é preciso muito respeito com os adversários. Ao longo das regatas fomos ajustando o barco e ganhando velocidade. Foi muito bom”, avaliou Trouche, pela primeira vez em Nassau.

Scheidt e Maguila à frente (Gilles Morelle / SSL)

Sol, vento e tempestade – Primeiro campeão da SSL Finals em 2013 com Prada, Scheidt venceu a regata de abertura de 2018 com relativa tranquilidade ao lado de Henry Boening, o Maguila. A dupla dominou a prova e cruzou a linha de chegada com 27 segundos de vantagem sobre os poloneses Kuznierewickz e Zycki após percorrerem 7,6 km em 43 minutos.

Na segunda regata do dia os brasileiros também chegaram na frente. Lars e Samuca venceram de ponta a ponta chegando 40 segundos à frente da dupla Melleby (NOR) e Revkin (EUA) após 50 minutos de prova. Mendelblat e Fatih, (EUA) venceram a terceira regata após ultrapassarem Kusznierewickz e Scheidt, segundo e terceiro colocados, na última perna de contravento. Bruno Prada com Augie Diaz (EUA) repetiram o sétimo lugar da prova anterior.

Lars e Samuca (Marc Roullier / SSL)

A disputa pelas primeiras posições na quarta e última prova do dia foi monopolizada pelos brasileiros com os oito velejadores do País entre os seis primeiros colocados. Diaz e Prada largaram na frente e não permitiram que os adversários reagissem. Venceram com 21 segundos de vantagem sobre Scheidt e Maguila após 45 minutos de disputa.

Adrenalina ao vivo – Nos quatro primeiros dias as 25 tripulações correm 11 regatas, todos contra todos, com apenas um descarte. As dez primeiras colocadas permanecem no campeonato para disputar três regatas no dia decisivo: quartas de final, semifinal e final. O líder da fase de classificação vai direto à final. O segundo colocado passa para a semifinal. A cada regata da fase decisiva três barcos são eliminados.

Duelo na Baía de Montagu (Marc Roullier / SSL)

As regatas serão transmitidas ao vivo na Internet com os comentários de especialistas e convidados especiais no estúdio. Na água, a mais recente tecnologia em câmera HD, assim como o Virtual Eye 3D Graphics, proporcionarão uma visualização emocionante, em detalhes, intercalando-se imagens ao vivo com a telemetria animada dos barcos, direto das águas azuis e transparentes da Baía de Montagu.

Quem quiser “velejar” sem sair da poltrona, poderá jogar o Virtual Regatta, vídeo game com a simulação de todas as situações de uma regata. Acesse nosso no site oficial, Facebook, Instagram e Twitter para conferir as informações da SSL Finals 2018 e de outras competições da Star Sailors League:

finals.starsailors.com

starsailors.com

Velas cruzadas em Nassau (Marc Roullier / SSL)

Os dez primeiros após 4 regatas (um descarte)

1 – Scheidt/Boening (BRA): 1+(17)+3+2 = 6 pontos perdidos

2 – Mendelblat/Fatih (EUA): (6)+4+1+3 = 8 pp

3 – Negri (ITA)/Kleen (ALE): 3+5+5+(20) = 13 pp

4 – Diaz (EUA)/Prada (BRA): (8)+7+7+1 = 15 pp

5 – Kusznierewickz/Zycki (POL): 2+11+2+(15) = 15 pp

6 – Melleby (NOR)/Revkin (EUA): 11+2+(11)+6 = 19 pp

7 – Zarif/Bolder (BRA): 10+(12)+10+4 = 24 pp

8 – Grael/Gonçalves (BRA): 16+1+(19)+8 = 25 pp

9 – Loof (SUE)/Natucci (ITA): 12+(14)+4+9 = 25 pp

10 – Szabo (EUA)/Cher (CAN): (21)+3+8+18 = 29 pp

12 – Cayard (EUA)/Lopes (BRA): 13+13+(14)+5 = 31 pp

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