Bataguassu discute riscos na exploração do gás de xisto na próxima semana

Foto: Victor Chileno

Bataguassu está entre os 54 municípios de Mato Grosso do Sul que poderão ser impactados com a extração do gás de xisto, também conhecido como gás de folhelho. O município, que faz parte do bloco da Bacia do Paraná, teve parte de sua área ofertada durante leilão realizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em 2017.

Preocupado com o assunto, ainda pouco conhecido pela população do Estado, o deputado estadual Amarildo Cruz (PT) realiza a 5ª audiência pública com o tema “Impactos na Extração do Gás de Xisto em Mato Grosso do Sul”. O debate acontece no dia 21 de junho (quinta-feira), às 19 horas (horário de Brasília), na Câmara Municipal de Bataguassu.

“Nossa intenção é trazer o assunto ao conhecimento da população, principalmente nas localidades com potencial para a exploração do gás de xisto, além de sensibilizar as autoridades competentes para que tomem medidas protetivas, a fim de evitar danos irreversíveis”, falou o deputado.

Autor do projeto de lei nº 0003/2018, que pede a suspensão da exploração do gás no Estado, no período de dez anos, Amarildo Cruz já realizou audiências públicas em Campo Grande, Nova Alvorada do Sul, Santa Rita do Pardo e em Três Lagoas. A intenção do parlamentar é percorrer todos os municípios do Estado com potencial para exploração do gás de xisto, especialmente os 26, já ofertados em leilão da ANP.

“Até o momento, áreas dos municípios de Santa Rita do Pardo e Brasilândia já foram arrematadas pela Petrobrás em duas rodadas do leilão. As outras áreas continuam em leilão permanente e podem ser arrematadas a qualquer momento. Por isso, temos a preocupação em alertar a população e mobilizar as autoridades para que se atentem à iminência dessa atividade exploratória aqui em Mato Grosso do Sul, que pode causar graves prejuízos a todos nós”, falou o deputado.

Técnica – A técnica utilizada na extração do gás de xisto, utilizado na geração de energia elétrica, é conhecida como fraturamento hidráulico ou fracking, que ultrapassa as fontes subterrâneas de água, onde um cano de aço, revestido por cimento injetado, leva água e produtos químicos e sua pressão causa fraturas que liberam o gás, altamente poluente, e que contamina a água, solo e ar

Municípios de Mato Grosso do Sul já ofertados em leilão da ANP

Água Clara, Anaurilândia, Angélica, Bataguassu, Batayporã, Brasilândia, Campo Grande, Deodápolis, Ivinhema, Nova Alvorada do Sul, Nova Andradina, Novo Horizonte do Sul, Ribas do Rio Pardo, Rio Brilhante, Santa Rita do Pardo, Taquarussu, Três Lagoas, Alcinópolis, Bandeirantes, Camapuã, Cassilândia, Chapadão do Sul, Costa Rica, Inocência, Rochedo e São Gabriel do Oeste.

Foto: Divulgação

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