Identificação de pragas na soja facilita manejo no campo

Assunto foi tema de curso ministrado pela Fundação MS em parceria com a Bayer CropScience

Foto: Divulgação

A correta identificação de pragas auxilia o manejo e a tomada de decisão dos produtores acerca de seu controle. O assunto foi tema de um curso ministrado pelo pesquisador de proteção de plantas da Fundação MS, José Fernando Grigolli, para engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas da Bayer CropScience, que irão monitorar 180 mil hectares de soja em Mato Grosso do Sul nesta safra. O objetivo do treinamento foi levar dicas sobre como identificar as pragas, mostrar quais as principais que atacam a cultura e como fazer o monitoramento adequado conforme as recomendações técnicas.

Atualmente em Mato Grosso do Sul, as principais pragas identificadas são o percevejo marrom da soja e o percevejo barriga verde, no milho, consideradas de difícil controle e que causam danos expressivos nas lavouras. A fim de evitar prejuízos maiores, a identificação correta dos insetos é fundamental. Nesse sentido, o treinamento abordou características de identificação de forma simples e prática.

Segundo o pesquisador, o prejuízo à produção em função da praga é grande e pode atingir entre 35% a 40% da produtividade dependendo da infestação. Além disso, é possível que haja redução da qualidade do grão, ou seja, quando o grão chega no armazém para ser comercializado, ele pode sofrer descontos na carga em função do ataque de pragas.

“Temos danos diretos, como quando uma lagarta se alimenta do grão da soja, ou um percevejo que acaba derrubando a vagem de soja no chão. E temos também danos indiretos, quando uma lagarta come a folha da soja, por exemplo, e consequentemente há diminuição de produtividade por conta dessa menor área foliar para fazer fotossíntese”, explica.

Para manejar praga, o monitoramento constante da área é fundamental e deixar de fazê-lo é considerado um risco muito grande. Segundo Grigolli, entender o estádio de desenvolvimento dessas pragas é relevante para que seja possível definir a melhor estratégia de controle, seja com liberação de agente de controle biológico ou até mesmo o uso de inseticida químico. Somente assim, as doses poderão ser indicadas de forma correta, reduzindo danos e aumentando a eficácia dos produtos.

“É preciso saber o que temos na lavoura, quais são as pragas existentes na área, qual a quantidade e o tamanho delas, se é uma lagarta pequena, se é uma lagarta grande, se a população de percevejo, em sua maioria, é ninfa ou adulta, para posicionarmos os produtos de forma adequada”, conclui o pesquisador.

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