Scheidt e Borges encerram participação Troféu Princesa Sofia em 11º lugar

Na primeira competição na classe 49er na Europa, dupla brasileira apresenta evolução e fica a apenas uma posição de disputar a medal race, neste sábado (1), em Palma de Mallorca, na Espanha.

Scheidt e Borges vem melhorando a cada dia (Jesus Renedo/Energy Sailing/IBEROSTAR)

São Paulo (SP) – Robert Scheidt e Gabriel Borges protagonizaram uma campanha heroica na primeira competição em águas europeias na classe 49er. A dupla brasileira tem mostrado clara evolução, apesar do pouco tempo junta, e no Troféu Princesa Sofia ‘bateu na trave’. Após as três últimas regatas da flotilha ouro, disputadas nesta sexta-feira (31), na Baía de Palma de Mallorca, na Espanha, o bicampeão olímpico e seu proeiro voltaram a velejar bem e terminaram a fase semifinal em 11º lugar, a uma posição da medal race, que será disputada neste sábado (1) para definir o campeão.

Scheidt/Borges começou o último dia da flotilha ouro em grande estilo, cruzando a linha de chegada em 3º lugar. Nas duas regatas seguintes, enfrentaram mais dificuldades e terminaram na 13ª e 19ª posições. Com esse desempenho, a dupla brasileira saltou da 14ª para a 11ª colocação na classificação geral, com 159 pontos perdidos, nove a mais que a outra parceria do Brasil, formada por Carlos Robles e Marco Grael, que garantiu a última vaga na medal race. Os britânicos James Peters e Fynn Sterritt se classificaram em primeiro lugar, com 68 pontos perdidos.

Gabriel Borges e Robert Scheidt em Palma de Mallorca (Jesus Renedo/Energy Sailing/IBEROSTAR)

Robert saiu da água satisfeito com o desempenho na Espanha.”Melhoramos ainda mais nesta sexta-feira e faltou pouco para a medal race. Fizemos um 3º e um 13º e estávamos empatados com mais dois velejadores na briga pra entrar entre os dez primeiros. Aí fomos para terra e só voltamos mais tarde para a terceira prova do dia. Infelizmente não fomos bem e cruzamos em 19º. Mas, no geral, ficar em 11º em uma competição de 60 barcos, é um ótimo resultado. Chegar tão perto da medal race, em pouco tempo de parceria na 49er, mostra que estamos em franca evolução. Claro que ainda há muito o que melhorar, especialmente nas manobras e vamos trabalhar duro nesse ponto nos próximos meses. Acertamos uma agenda bem forte de treinos em abril e maio e vamos buscar mais um passo nessa evolução até o próximo compromisso, que será a Semana de Vela de Kiel, em junho, na Alemanha”.”, disse o bicampeão olímpico, que é patrocinado pelo Banco do Brasil e Rolex, com os apoios do COB e CBVela.

Formada no final do ano passado, a dupla Scheidt/Borges veleja em busca de experiência. Na Espanha, tem mostrado estar no caminho certo. Após 15 regatas, cruzaram a linha de chegada entre os top 10 em cinco oportunidades e entre os top 20 em outras oito. Na classificação geral, ganharam posições desde o primeiro dia, saindo de 22º até chegar a 11ª posição no encerramento da fase semifinal do tradicional Troféu Princesa Sofia.

Dupla ficou a uma posição da medal race (Pedro Martinez/Energy Sailing/ IBEROSTAR)

O bicampeão olímpico tem se mostrado satisfeito com a evolução apresentada nesta nova fase da carreira. Com o proeiro Borges, fez da competição espanhola mais uma etapa no processo de evolução na classe 49er. Aos 43 anos e consagrado na Star e Laser, o iatista encara o desafio de velejar em um barco maior, mais veloz e com estratégias diferentes a fim de iniciar o ciclo para os Jogos de Tóquio 2020. “Sabemos que é um processo que leva um certo tempo e muita dedicação. Estamos na lula e os resultados começam a aparecer”, completa Scheidt.

Crescimento – A evolução de Robert na 49er pode ser comprovada pelo seu desempenho. Na Copa Brasil, disputada no início de março, em Porto Alegre, venceu quatro regatas, as primeiras na nova categoria, conquistando a medalha de prata. Antes de competir em águas brasileiras, disputou a etapa de Miami da Copa do Mundo de Vela, em janeiro. E conseguiu o 16º lugar na disputa que reuniu 26 barcos com os melhores iatistas do planeta. Na Miami Mid Winters, também no início de 2017, conseguiu 11º lugar no campeonato que envolveu 17 competidores.

A dupla foi formada há poucos meses (Jesus Renedo/Energy Sailing/IBEROSTAR)

Maior atleta olímpico brasileiro

Cinco medalhas:

Ouro: Atlanta/96 e Atenas/2004 (ambas na classe Laser)

Prata: Sidney/2000 (Laser) e Pequim/2008 (Star)

Bronze: Londres/2012 (Star)

176 títulos – 86 internacionais e 90 nacionais, incluindo a Semana Internacional do Rio, o Campeonato Brasileiro de Laser e a etapa de Miami da Copa do Mundo, todos em 2016.

Laser
Onze títulos mundiais – 1991 (juvenil), 1995, 1996, 1997, 2000, 2001, 2002*, 2004 e 2005 e 2013

*Em 2002, foram realizados, separadamente, o Mundial de Vela da Isaf e o Mundial de Laser, ambos vencidos por Robert Scheidt

Três medalhas olímpicas – ouro em Atlanta/1996 e Atenas/2004, prata em Sydney/2000
Star
Três títulos mundiais – 2007, 2011 e 2012*

*Além de Scheidt e Bruno Prada, só os italianos Agostino Straulino e Nicolo Rode venceram três mundiais velejando juntos, na história da classe

Duas medalhas olímpicas – prata em Pequim/2008 e bronze em Londres/2012

Mais informações: 

Site: www.robertscheidt.com.br

Twitter: @robert_scheidt

Facebook: Robert Scheidt

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