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Um navio da Marinha Brasileira resgatou no fim da tarde desta sexta-feira (04/09), no Mar Mediterrâneo, nas proximidades do litoral da Itália, cerca de 220 imigrantes, a maioria mulheres e crianças. A embarcação em que estavam estava sem combustível e poderia naufragar.
De acordo com informações das principais agências internacionais de notícias, os militares brasileiros, a pedido da Organização das Nações Unidas (ONU), seguiam em direção ao Líbano para atender a uma Missão de Paz, quando foram acionados pela Guarda Costeira Italiana para atender a uma ocorrência de busca e salvamento em alto mar.
O comandante da Corveta Barroso, capitão-de-fragata Alexandre Amendoeira Nunes, imediatamente pediu aos seus subordinados que mudassem a rota, e seguissem em direção a embarcação onde estavam os imigrantes de origem síria, libanesa e indiana.
Todos os imigrantes foram resgatados e colocados no convés da Corveta. Muitos apresentavam desidratação leve e foram alimentados e examinados por médicos. Uma mulher grávida recebeu atenção especial, e outra, que apresentava fratura em um dos braços, foi examinado e teve o membro imobilizado.
Ainda segundo o capitão-de-fragata Alexandre Amendoeira Nunes, todos os imigrantes resgatados estavam sem se alimentar por cerca de 7 dias, e muitos choraram quando foram resgatados e levados a bordo do navio brasileiro.
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Um dos imigrantes, que preferiu não se identificar, disse que o barco onde estavam deixou o porto que fica localizado na cidade de Benghazi, na Líbia, e que o capitão abandonou a embarcação ainda em alto-mar, abandonando a todos. Eles estavam fugindo da miséria e da guerra.
Todos os imigrantes foram levados na manhã deste sábado (05/09) para o Porto de Catânia, na Sicília, na Itália, e foram recebidos pelas autoridades italianas. Posteriormente todos foram cadastrados e levados para abrigos.
Autoridades italianas disseram que a embarcação aonde estavam os imigrantes era feita de madeira e possuía dois andares. Ao todo, 220 imigrantes estavam a bordo, mas a real capacidade do barco era para apenas 80 pessoas.
O resgate dos imigrantes pela Corveta Barroso aconteceu depois que a Guarda Costeira italiana solicitou, via rádio, ajuda para resgatar os imigrantes, porque a embarcação aonde eles estavam alojados não tinha mais combustível, estava à deriva e com superlotação.
Assim que os militares brasileiros chegaram as coordenadas, encontraram e embarcação adernada, podendo afundar a qualquer momento. Foram resgatados 89 homens, 94 mulheres, 37 crianças, inclusive 4 recém-nascidos (bebês). Algumas crianças apresentavam queimaduras e assaduras, devido principalmente à exposição ao Sol.
A maioria dos imigrantes que estavam na embarcação de madeira levava apenas as roupas do corpo. Outras, no entanto, levavam mochilas contendo documentos pessoais e alguns pertences.
Com informações das Agências Reuters e France Presse
