Tabagismo: Droga Lícita – Parte І

Foto: Divulgação

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Este artigo será dividido em duas partes, sendo a primeira mais abrangente e a segunda parte mais específica.

Segundo pesquisas, 60% dos brasileiros que fumam começaram cedo no vicio, antes dos 18 anos, entre os 11 e 12 anos de idade. Realmente, esta pesquisa é válida, pois a cada dia nos deparamos com crianças fumando, fazendo desse ato, um prazer. O grande problema é que estas crianças, na maioria dos casos, possuem em suas casas, um membro que fuma, podendo ser o pai ou a mãe. Este exemplo, ditado pelos pais, é algo a ser repensado.

Outro fator que favorecia o tabagismo era a propaganda. O cigarro nos comerciais era associado às pessoas bonitas, fortes e saudáveis, ao esporte e ao prazer. Tudo isso para atrair, cada vez mais, um grande número de pessoas.

Algo muito alarmante é o tabagista passivo. Fumantes passivos também sofrem os efeitos imediatos da poluição tabagística ambiental. Os dois componentes principais da poluição tabagística ambiental são a fumaça exalada pelo fumante e a fumaça que sai da ponta do cigarro.

Ultimamente, o cigarro está sendo o vilão da história. Aqueles que fumam estão sendo discriminados (ainda bem) pela mídia. Na região sudeste e região sul, a maior abrangência, dos fumantes, praticamente. Nas outras regiões, não há, ainda, uma forma cabalística contra o cigarro. Mas, mesmo assim, nota-se um caminhar, lento, contra o cigarro. Nas escolas, no trabalho e em locais em que há um grande fluxo de pessoas, os fumantes são convidados a se deslocarem para fumar em ambientes próprios, os fumódromos. Sabe-se dos malefícios, porém muitas pessoas ainda fumam. Nos maços de cigarro, embora por obrigatoriedade, há fotos de pessoas doentes, poucos fumantes se sensibilizam. Hoje, como dito, já há locais para fumantes, o que antigamente não havia e já pode ser considerado um progresso.

Lutando contra o cigarro

Muitos tabagistas tentam parar de fumar sozinhos. A seguir algumas dicas possíveis de ser aplicadas por qualquer pessoa para que seja obtido um melhor resultado. São para dificultar o gesto automático de fumar, tornando-o consciente:

1. Ter certeza de que quer fumar e não simplesmente acender um cigarro, automaticamente, ou seja, pensar muito bem se de fato precisa fumar ou se pode deixar para mais tarde.

2. Parar de comprar cigarros.
3. Não comprar um maço de cigarro, de modo algum, enquanto não acabar o último cigarro.
4. Quando não tiver cigarro, jamais não ficar catando ‘bitucas’.
5. Não ter fósforo, isqueiro, fogo por perto.
6. Desfazer-se do isqueiro. O “som” característico obtido ao abrir um determinado isqueiro também pode ser prazeroso.
7. Jogar cinzeiro fora para dificultar o trabalho na hora de bater as cinzas em lugar adequado.
8. Colocar o maço de cigarros num lugar que lhe dê trabalho quando for pegá-lo; não andar com o maço no bolso e nem deixá-lo na cabeceira, na escrivaninha.
9. Se possível, colocar o maço de cigarro em outro ambiente.
10. Não acender o cigarro somente porque você ficou com vontade ao ver alguém acendendo ou fumando.
11. Demorar o máximo possível com o cigarro na mão antes de acendê-lo.
12. Dar no máximo três tragadas de cada cigarro, mesmo que o jogue fora quase inteiro.
13. Envergonhar-se de fumar.
14. Questionar-se se vale a pena fumar, mesmo que corra o risco de morrer como aquele parente que teve dores, permaneceu acamado, emagreceu, fez radioterapia, fez a família sofrer, gastou o que tinha e acabou falecendo.
15. Lembrar que nas escolas o cigarro é proibido pela Lei 9760/97.

Se essa luta íntima contra o cigarro não der certa, ainda há muitas esperanças de cura para esse vício.

Atualmente, as legislações locais de promoção de ambientes 100% livres de fumo têm sido questionadas judicialmente, sob o argumento da inconstitucionalidade. Na esfera federal, observa-se o retardo da votação do Projeto de Lei 315/08 que visa proibir nacionalmente o ato de fumar em recintos coletivos fechados. Algumas organizações dos setores de alimentação, hotelaria e entretenimento vêm realizando um forte lobby junto aos parlamentares federais para que a medida não seja aprovada. A justificativa é um possível impacto da proibição de fumar em bares e restaurantes sobre a clientela e o lucro destes estabelecimentos, que não se verificou em nenhum país, estado ou município que já implementou a medida.

Fonte: www.antidroga.com.br, www.inca.gov.br/tabagismo

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